A Universidade de São Caetano do Sul (USCS), em parceria com o Instituto Butantan, acaba de fechar acordo com a Fundação do ABC para divulgação de estudo para produção de uma nova vacina tetravalente, que imuniza contra a gripe.
Mais abrangente, o imunizante protege contra quatro cepas da doença de forma simultânea. Atualmente, porém, está disponível apenas na rede privada de saúde. A ideia é ampliar a divulgação do estudo junto aos mais de 27 mil funcionários da FUABC, com o objetivo de selecionar pelo menos 1.000 voluntários aptos.
A vacina contra a gripe fornecida hoje via Sistema Único de Saúde (SUS) – destinada apenas a grupos prioritários – é a trivalente, que protege contra três cepas do vírus da gripe. Entre os critérios de seleção dos voluntários para participação no estudo estão: não ter tomado a vacina contra a gripe em 2020 e em 2021, não possuir alergia a alimentos como ovo ou frango, não ter histórico da doença síndrome de Guillain-Barré, que acomete o sistema imunológico, entre outras exigências. Já a faixa etária aceita é ampla, de 3 anos em diante.
Todos os critérios de inclusão e exclusão estão descritos no site https://uscspesquisa.org, onde os interessados podem fazer a inscrição. Após triagem das respostas, a equipe da USCS entrará em contato com os voluntários selecionados para o andamento do processo.
“A faixa etária de 18 a 59 anos – aquela considerada como ‘adultos saudáveis’, por exemplo – não está contemplada no Plano Nacional de Imunização (PNI). Por isso, com apoio da divulgação da Fundação do ABC junto aos seus funcionários e até familiares, esperamos ampliar a adesão dos participantes no estudo para conseguirmos avaliar com alta precisão a segurança, consistência e imunogenicidade da resposta imune desta nova vacina tetravalente”, disse o gerente de programas do Centro de Pesquisa Clínica da USCS, Augusto Mathias.
O estudo, que conta com patrocínio do Instituto Butantan, segue rigorosas normas éticas e de segurança à saúde. Não haverá aplicação de placebo. Ou seja, todos os participantes selecionados serão vacinados, seja com a vacina que já está sendo distribuída no serviço de saúde (trivalente), seja com a versão mais abrangente (tetravalente). Os resultados do estudo da nova tecnologia para produção da vacina tetravalente serão submetidos posteriormente à análise e aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).