Os palcos estão vazios. O público, longe das cadeiras que num passado recente já formaram grandes plateias e jogaram os holofotes do teatro sobre Diadema. Essa história ainda não acabou, mas anda um tanto adormecida em função da pandemia do coronavírus.

Isso não quer dizer que os amantes do teatro não possam matar a saudade dessa importante linguagem cultural.  E é exatamente essa a ideia da edição desta sexta-feira (18) do programa Cultura ao Vivo, a partir das 20h,  que terá como tema a Memória do Teatro em Diadema. A intermediação ficará a cargo do ator Robson Lima.

A live será dividida em três blocos que devem abranger cerca de quatro décadas de teatro na cidade. A primeira parte terá como convidado o ator e arte-educador Alberto Chagas que contará ao espectador a origem do teatro na cidade, na década de 1970, pelas mãos da Leda Silva e a chegada do primeiro teatro escola.

Quem também vai participar do programa é a atriz, diretora, educadora Mônica Rodrigues, da primeira geração do programa Jovens Atores de Diadema no início dos anos 90 – a iniciativa foi uma das primeiras políticas públicas voltadas ao fomento dessa linguagem no município.

“Eu costumo brincar que eu sou fruto de um política pública que deu certo. Eu sou fruto das oficinas da cidade nos anos 2000, quando também houve um boom de grupos de teatro na cidade e também a Mostra de Teatro do Serraria, criada pela sociedade civil”, avalia Lima.

A convidada que representará justamente essa “política pública que deu certo”, do qual se refere Lima, será a atriz e bailarina Elen Ketleen. “Ela representa o início de uma época em que os oficineiros do próprio município, incluídos em programas da administração municipal”, explica Lima.

Por fim, para fechar a edição especial do Cultura ao Vivo baterá um papo com o agente de cultura Luiz Rocha, que tem uma forte ligação com o teatro da cidade e está envolvido na proposta de retomar o Teatro Escola de Diadema no Serraria.

Cada um dos convidados também apresentará uma cena de seus repertórios e, por fim, todos eles farão uma leitura dramática ao vivo do texto Liberdade, Liberdade, escrito por Millor Fernandes e Flávio Rangel.

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