Pesquisa do Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (antigo Ibope) divulgada nesta sexta-feira (25) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria as eleições no primeiro turno se ocorressem hoje. O levantamento do Ipec foi feito entre 17 e 21 de junho e ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro é de 2 pontos para mais e para menos. O nível de confiança é de 95%.
Com 49% das intenções de voto, o petista tem mais que o dobro da taxa do presidente Jair Bolsonaro (23%). Em seguida aparecem Ciro Gomes, do PDT, com 7%, e João Doria, do PSDB, com 5%. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) aparece com 3%.
Por regiões, no Nordeste Lula tem 63% das preferências, com vantagem de 48 pontos porcentuais sobre Bolsonaro. A menor vantagem do petista ocorre no Sul (35% a 29%). No Sudeste, região que concentra o maior número de eleitores, o ex-presidente tem 47%, e seu principal rival, 24%.
Em fevereiro, Lula aparecia com potencial de conquistar 50% do eleitorado. Desde então, o teto de votos de Lula subiu: seu potencial passou de 50% para 61%, segundo o Ipec. O avanço coincidiu com deterioração das chances eleitorais de Bolsonaro.
Nos últimos quatro meses, o potencial de votos do presidente caiu de 38% para 33%, enquanto a rejeição disparou. Nada menos que 62% dos eleitores afirmam que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum (eram 56% há quatro meses) No caso de Lula, essa taxa é de 36%.
Ciro Gomes também teve avanço em seu potencial de votos, mas em termos mais modestos: passou de 25% para 29% desde fevereiro. A rejeição ao ex-governador do Ceará caiu quatro pontos porcentuais, mas segue em patamar elevado: 49% dizem que não votariam nele de jeito nenhum. Já o potencial de votos de Doria passou de 15% para 18%.
Governo Bolsonaro
Metade do eleitorado brasileiro avalia negativamente o governo Jair Bolsonaro, e menos de um quarto se mostra satisfeito com ele, segundo pesquisa de opinião do instituto Ipec. Desde fevereiro, a parcela da população que considera a gestão ruim ou péssima teve aumento expressivo, de 39% para 49%. Já os que a consideram boa ou ótima diminuíram de 28% para 24%.
* Com agências