A compra pelo governo federal de doses da vacina indiana Covaxin se tornou o principal assunto da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19 nos últimos dias.

Tudo começou quando o servidor do Ministério da Saúde e ex-chefe do setor de importação, Luis Claudio Miranda, disse que identificou suspeitas de irregularidades na compra. Entre tais suspeitas, Miranda apontou o preço superior ao valor acordado, número de doses menor que o acordado, e um documento em nome da empresa Madison, com sede em Cingapura, considerando que a fabricante da Covaxin que consta no contrato é a Barath Biotech, informa o portal G1.

Assim, Luis Claudio Miranda informou ter recusado assinar um documento – espécie de nota fiscal internacional – da compra da Covaxin, devido às suspeitas das irregularidades mencionadas.

Junto com seu irmão, o deputado federal Luis Ricardo Miranda (DEM-DF), afirmaram que teriam alertado o presidente brasileiro, em reunião no dia 20 de março de 2021, sobre as suspeitas.

Nesta segunda-feira (28), ao sair do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse a seus apoiadores que tem “confiança nos ministros” e não sabe de tudo o que acontece entre eles.

“Então, eu não tenho como saber o que acontece nos ministérios, vou na confiança em cima de ministros e nada fizemos de errado”, completou Bolsonaro, citado pela mídia brasileira.

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