Estimativa feita pelo Ministério de Minas e Energia mostra que o aumento do uso das usinas termelétricas, custará neste ano R$ 13,1 bilhões para os consumidores, elevação de 45% em relação à estimativa anterior, segundo o G1.

Em junho, o governo previa que o custo seria de R$ 9 bilhões, a elevação seria provocada pelo cenário de crise hídrica.

O governo explicou que as ações adotadas para preservar a água dos reservatórios das hidrelétricas têm levado ao acionamento de mais usinas térmicas para garantir o fornecimento de energia, o que geraria mais custo.

“O custo adicional de despacho termelétrico esperado até novembro aumentou em razão das medidas de flexibilização adotadas, que têm permitido o maior armazenamento de água nos reservatórios e, por consequência, a maior utilização de termelétricas para atendimento à demanda do sistema”, informaram o ministério e a Câmara de Comercialização, citados pela mídia.

O cálculo é baseado em simulações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e considera o uso adicional das usinas entre os meses de janeiro e novembro deste ano.

No final, quem paga a conta é o consumidor. Conforme noticiado em 29 de junho, houve reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2, cobrança adicional aplicada às contas de luz quando aumenta o custo de produção de energia. Pela decisão, a taxa passa de R$ 6,243 por 100 kWh para R$ 9,49 por 100 kWh. O novo valor representa aumento de 52%.

Para os próximos meses, a agência discute se mantem o valor ou se aumenta para R$ 11,50 por 100 kWh consumidos, segundo a mídia.

Segundo Milton Pignatari, professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, ouvido pela Sputnik Brasil, a crise hídrica no país tem como causa as mudanças climáticas, evidenciada na falta de chuvas, mas também conta com uma grande falta de planejamento por parte do governo.

“Há vários anos que o Brasil tem uma inconstância climática muito grande, mas o modo como o país lida com ela terá consequências para a crise atual e, por isso, o planejamento e a formulação de diretrizes de forma antecipada são muito importantes”, disse o especialista.

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