Uma modalidade na qual o Brasil chega à Paralimpíada de Tóquio com a expectativa de conquistar medalhas é o judô. Na história dos Jogos Paralímpicos, os brasileiros já levaram para casa o total de 22 prêmios, sendo quatro ouros, nove pratas e nove bronzes.
A modalidade é disputada por atletas com deficiência visual divididos em categorias a partir do peso corporal de cada um. As lutas tem a duração de até cinco minutos, e ocorrem sob as mesmas regras utilizadas pela Federação Internacional de Judô, mas com pequenas modificações. A principal é que o atleta inicia a luta já em contato com o quimono do oponente. Além disso, o combate é interrompido quando os lutadores perdem esse contato.
Além do peso corporal, os atletas são classificados a partir do grau de deficiência visual. A sigla B1 significa o atleta cego total. Os atletas B2 percebem vultos. E os judocas B3 conseguem definir imagens.
Medalhista histórico
No Japão, o Brasil será representado por nove atletas: Alana Martins Maldonado, Arthur Cavalcante da Silva, Harlley Damião Pereira de Arruda, Karla Ferreira Cardoso, Lúcia da Silva Teixeira Araújo, Meg Rodrigues Vitorino Emmerich, Thiego Marques da Silva, Wilians Silva de Araújo e Antônio Tenório da Silva.
E é justamente Tenório, o mais experiente dos brasileiros em Tóquio (50 anos), que ocupa o papel de destaque na equipe. O paulista, que luta na categoria até 100 kg, é o dono dos quatro ouros que o Brasil tem na modalidade, alcançados em 1996 (Atlanta), 2000 (Sydney), 2004 (Atenas) e 2008 (Pequim). Em 2012 (Londres) ele garantiu um bronze e em 2016 (Rio de Janeiro) uma prata.
Mas não apenas de experiência vive a equipe brasileira. Uma das atletas mais jovens da delegação também é vista como uma possível medalhista em Tóquio. Alana Maldonado chega ao Japão como líder da categoria até 70 kg. Aos 26 anos, a paulista já disputou uma edição dos Jogos Paralímpicos, em 2016 (Rio de Janeiro), garantindo uma prata. Mas o objetivo agora é ficar com o ouro.