Na modalidade, com a equipe masculina, o país só não havia conquistado a medalha dourada em Jogos Paralímpicos, já que o país havia conquistado a prata em Londres 2012 e o bronze no Rio 2016.
Na fase de grupos, o Brasil obteve três vitórias e uma derrota, para os Estados Unidos. Nas quartas de finais, os brasileiros venceram a Turquia antes de superar pelas semifinais a Lituânia, que ficou com a medalha de bronze ao vencer os Estados Unidos por 10 a 7 na disputa do terceiro lugar.
Esta é a 20ª medalha de ouro brasileira na capital japonesa. Agora, falta apenas uma para o país igualar a melhor marca de medalhas douradas em uma única edição. O recorde de 21 ouros foi alcançado em Londres 2012. Em Tóquio, o Brasil também já alcançou a histórica marca de 100 medalhas de ouro na história dos Jogos Paralímpicos, após a vitória do fundista Yeltsin Jacques na prova dos 1.500m.
Além da medalha de ouro no goalball masculino, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio no Japão com: Nathan Torquato (parataekwondo na classe K44 até 61kg), Gabriel Geraldo (50m costa e 200m livre na classe S2), Talisson Glock (400m livre na classe S6), Alessandro Silva (lançamento de disco na classe F11), Beth Gomes (lançamento de disco na classe F52), Claudiney Batista (lançamento de disco na classe F56), Alana Maldonado (judô na categoria até 70kg), Mariana D’Andrea (halterofilismo na categoria até 73kg), Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14), Carol Santiago (100m peito, 50m e 100 m livre na classe S12), Wendell Belarmino (50m na classe S11), Silvânia Costa (salto em distância na classe T11), Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47), Yeltsin Jacques (1.500m e 5.000m na classe T11) e Wallace dos Santos (arremesso de peso na classe F55).
A campanha dourada do Brasil em Tóquio contou com seis vitórias e apenas uma derrota. Na fase preliminar, os brasileiros golearam a Lituânia (11 a 2) – ouro nos Jogos Rio 2016 – na estreia. O único tropeço veio na sequência ao perder para os EUA (8 a 6). O terceiro jogo da primeira fase foi o triunfo diante da Argélia (10 a 4). A equipe fechou a classificatória da competição ao passar pelo Japão (8 a 3). Nas quartas de final, o time verde e amarelo eliminou a Turquia (9 a 4) e, na semifinal, despachou a Lituânia (9 a 5).
Ao contrário de outras modalidades paralímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra, há um gol com 9m de largura e 1,30m de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O objetivo é balançar a rede adversária.
A bola tem um guizo em seu interior para que os jogadores saibam sua direção. O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas oficiais. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg.
Nesta modalidade, os atletas deficientes visuais das classes B1, B2 e B3 competem juntos. Todas as classificações são realizadas por meio da mensuração do melhor olho e da possibilidade máxima de correção do problema. Todos os atletas, independentemente do nível de perda visual, utilizam uma venda durante as competições para que todos possam competir em condições de igualdade.
Patrocínio
A delegação brasileira tem o patrocínio das Loterias Caixa.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)