A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional divulgou um relatório em que lista atitudes classificadas pela entidade como violações de direitos humanos praticadas durante os mil dias do governo do presidente Jair Bolsonaro.
No total foram listadas 32 situações que, segundo a Anistia Internacional, resultaram em perdas de direitos por parte dos brasileiros.
A maioria delas se refere à gestão da pandemia de covid-19. De acordo com a Anistia, houve falhas na condução das políticas públicas de combate ao novo coronavírus, sobretudo no que se refere à gestão de dados, aquisição de vacinas e tratamento de públicos específicos como população carcerária, indígenas e quilombolas.
O documento também elenca atitudes classificadas como ataques à imprensa e a críticos do governo.
Os discursos do presidente em eventos internacionais como a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2019, 2020 e 2021 e no Fórum Econômico Mundial, em 2019 também foram citados no relatório. A ONG classificou os discursos como contraditórios e com declarações que não são verdadeiras, como as relacionadas ao desmatamento da Amazônia. A gestão no combate às queimadas na região foi outro ponto destacado pelo documento.
O incentivo ao armamento, a defesa do regime militar implantado no Brasil (1964 a 1985) e a participação do presidente em eventos pró-intervenção militar também foram ações apontadas como ameaças ao Estado de Direito.