Lideranças de caminhoneiros de todo o Brasil se reuniram no Rio de Janeiro e decidiram que, caso o preço do diesel não caia em até 15 dias, a categoria vai entrar em greve a partir de 1º de novembro.

O presidente da Petrobras, general de Exército da reserva Joaquim Silva e Luna, afirmou neste domingo (17) que a empresa não vai aceitar intervenção, que o “tabelamento de preços sempre trouxe as piores consequências” e que a decisão sobre privatizar ou não a Petrobras cabe ao governo federal.

“O que evita o desabastecimento nos mercados e viabiliza o crescimento equilibrado da economia é justamente a aceitação de que os preços são determinados pelo mercado, não por ‘canetadas’ […]. O fortalecimento do dólar em âmbito global e, em especial, no Brasil, tem alavancado os preços das commodities e incrementado a inflação. Mas essas incômodas verdades não parecem muito apelativas”, disse Silva e Luna ao portal UOL.

Em 2021, a Petrobras subiu a gasolina em 60% nas refinarias, e o diesel, em mais de 50%. Enquanto isso, o dólar se valorizou quase 30% em 2020 e já subiu outros 5% este ano.

​Na quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que “não pode direcionar melhor” os preços e que tem “vontade” de privatizar a Petrobras: “Se tenho vontade de privatizar a Petrobras, tenho vontade. Vou ver com a equipe da economia o que a gente pode fazer”.

Sobre a possibilidade de congelar o preço da gasolina, o presidente da Petrobras afirma que já foi tentado anteriormente e sempre se mostrou um equívoco.

O Brasil já tentou medidas heterodoxas em outros momentos, sempre sem sucesso: “Tabelar preços sempre trouxe as piores consequências econômicas para qualquer país que o faça. E ninguém imagina cometer erros velhos”.

Manifestação de caminhoneiros no Rio de Janeiro como parte de mobilização nacional da categoria contra os preços altos dos combustíveis no Brasil.
© SPUTNIK / SOLON NETO
Manifestação de caminhoneiros no Rio de Janeiro como parte de mobilização nacional da categoria contra os preços altos dos combustíveis no Brasil.

Greve dos caminhoneiros

No sábado (16), lideranças de caminhoneiros de todo o país se reuniram no Rio de Janeiro e decidiram que, caso o preço do diesel não caia em até 15 dias, a categoria vai entrar em greve a partir de 1º de novembro, informa o portal Metrópoles.

Os caminhoneiros reivindicam ainda a volta da aposentadoria especial, concedida após 25 anos de contribuições previdenciárias, a tabela de frete, um “piso mínimo”, entre outras.

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