A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou em sua reunião nesta quinta-feira (11) uma nova terapia voltada ao tratamento do mieloma múltiplo, tipo de câncer que causou a morte na manhã desta quinta-feira (11) da jornalista Cristiana Lôbo.

A terapia está sendo desenvolvida pela farmacêutica Janssen, com sede nos Estados Unidos. A autorização da CTNBio não assegura a permissão para o uso da terapia.

A empresa deverá submeter o pedido de registro juntamente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caberá à agência a avaliação de aspectos como a segurança e eficácia desse novo tratamento e pela sua liberação para oferta ao público.

A terapia é baseada em uma técnica chamada CAR-T. Segundo esse método, uma amostra da medula óssea do paciente é enviada para um laboratório, de onde são retiradas células que são alteradas geneticamente.

Essas células modificadas passam a conseguir reconhecer as células dos tumores. Essas células são multiplicadas e enviadas para que em um procedimento cirúrgico sejam inseridas novamente no paciente.

Essa reinserção faz com que o paciente tenha células da medula óssea que possam reagir ao tumor. Assim, a expectativa da farmacêutica é que a terapia possa provocar uma forma de reduzir a quantidade das células cancerígenas.

Mieloma múltiplo

O mieloma múltiplo ocorre em células do sangue chamadas plasmócitos, produzidas na medula óssea. A doença é ocasionada a partir de uma alteração do DNA dos plasmócitos. Ocorre uma proliferação desmedida de células do sangue que levam a impactos sobre diferentes áreas do organismo.

Os sintomas mais frequentes são problemas ósseos, especialmente nas costas, quadris e crânio; baixas taxas de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas no sangue, o que pode causar fraqueza e tontura; maiores níveis de cálcio no sangue, podendo causar insuficiência renal; e impactos no sistema nervoso, como dor intensa, dormência e fraqueza nos músculos.

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