Aliados ao presidente, Jair Bolsonaro (PL), que são líderes importantes e integrantes da linha de frente do centrão, já admitem sentar para conversar com o ex-presidente Lula, entretanto, sem o “entorno” petista que acompanha o presidenciável, de acordo com o blog de Andréia Sadi no G1.
Segundo essas lideranças, elas estão prontas para apoiar o atual chefe de Estado, mas ao mesmo tempo, não ignoram a vantagem de Lula nas pesquisas e registram, quando questionados sobre uma eventual próxima gestão sem Bolsonaro, que os partidos do centrão são “partidos de governo”.
Em outras palavras: não existiria nenhum constrangimento em “sentar para conversar” com o ex-presidente para discutir composições políticas, ação que, inclusive, ainda não aconteceu para evitar desgaste com atual presidente, segundo a jornalista.
Além de não querer corroer a relação com Bolsonaro, os líderes dizem que o círculo de pessoas em torno do ex-chefe de Estado, como a deputada e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e até o ex-ministro José Dirceu, são alguns nomes que não agradam a bancada.
Apesar de elogiar Lula, integrantes do centrão afirmam não querer o “retorno” desse núcleo, e avaliam que a estratégia de Bolsonaro será “colar” o discurso de que, se Lula voltar ao poder, levará consigo esse grupo de petistas que sofreu rejeição no Congresso e, também, no mercado.
Vale lembrar que, os principais partidos do centrão – como Partido Progressista, Republicanos e Partido Liberal – já foram da base do governo Lula.
No entanto, apesar de oficialmente apoiarem o presidente Bolsonaro em 2022, as lideranças admitem que, se houver uma vitória do petista, o partido não será “aliado, mas também não será inimigo de Lula”.