O Cidadania aprovou, no último sábado (19), a formação de federação com o PSDB. Foram 56 votos a favor da união com os tucanos, 47 por uma aliança com o PDT e sete abstenções, segundo matéria do Estadão.  Mesmo assim, a legenda manteve a pré-candidatura à presidência do senador Alessandro Vieira (SE). Os tucanos, por sua vez, também mantêm conversas com o MDB e o União Brasil.

Cada federação só pode ter um postulante a cargos majoritários, como isso, a manutenção da candidatura de Vieira bate de frente com a do governador de São Paulo, João Doria, nome tucano na disputa pela Presidência.

De acordo com Vieira, a negociação para decidir quem será o candidato da federação, Doria ou ele, “virá mais adiante”, segundo o Estadão. Antes, é necessário aprovar um estatuto comum e registrar oficialmente a aliança.

Entretanto, a assessoria do governador disse, em nota, que o acordo foi costurado em torno do nome de Doria.

Doria é um dos maiores defensores da federação entre PSDB e Cidadania, em um momento de divisão interna de seu partido. Nas últimas semanas, o governador se reuniu duas vezes com a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), cotada para ser vice na chapa do tucano.

No próprio PSDB, contudo, há preocupação com o fato de Doria não decolar nas pesquisas para a eleição de outubro. Além disso, tucanos da velha guarda, como o ex-senador Aloysio Nunes, têm feito acenos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo pesquisa do PoderData divulgada no último dia 17, Doria conta com 3% das intenções de votos.
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