Moscou não vê interesse por parte de Kiev em buscar uma solução legítima e equilibrada para a crise, afirmou o representante permanente da Rússia na sede da ONU em Genebra, Gennady Gatilov.
“Não vemos disposição por parte do governo ucraniano de tentar encontrar uma solução legítima e equilibrada para este problema”, disse o diplomata, em entrevista à rede libanesa Al-Mayadeen.
Segundo Gatilov, a Rússia apoia os meios diplomáticos, mas eles devem respeitar as posições de todos os países e ser aplicados de forma equitativa.
Ao mesmo tempo, o embaixador russo expressou sua confiança de que os contatos russo-ucranianos, que começaram esta semana e continuarão em breve, levarão a uma solução política.
Em 28 de fevereiro, as delegações russa e ucraniana se reuniram para negociar em Belarus. A reunião não trouxe resultados concretos, mas as partes anunciaram que continuarão o diálogo após uma série de consultas em suas respectivas capitais.
Quatro dias antes, em 24 de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o lançamento de uma operação militar especial na Ucrânia, com o objetivo de proteger pessoas que “há oito anos sofrem assédio e genocídio por parte do governo de Kiev”.
O líder russo afirmou que realizaria “a desmilitarização e a desnazificação” da Ucrânia, processando aqueles que cometeram crimes sangrentos contra os habitantes das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL).
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, os ataques militares não são dirigidos contra instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra ucraniana.