Nesta segunda-feira (14), a ministra australiana das Relações Exteriores, Marise Payne, anunciou a introdução de novas sanções contra empresários e figuras proeminentes russas, incluindo seus familiares.
O novo pacote de sanções australiano faz parte de um conjunto de ações dos EUA e seus aliados em resposta à operação militar especial russa em curso na Ucrânia. Segundo a chanceler australiana, as medidas buscam punir pessoas consideradas de importância econômica e estratégica para a Rússia.
“O governo australiano anuncia hoje novas sanções contra 33 oligarcas russos, empresários proeminentes e seus familiares imediatos”, disse Payne em comunicado, acrescentando que as sanções buscam reforçar “o compromisso da Austrália de sancionar pessoas que acumularam vasta riqueza pessoal e têm significado econômico e estratégico para a Rússia, inclusive como resultado de suas conexões com o presidente russo, Vladimir Putin”.
Entre os indivíduos sancionados pela Austrália estão o proprietário do clube de futebol inglês Chelsea, Roman Abramovich; o CEO da Gazprom da Rússia, Aleksei Miller; o CEO da corporação estatal russa de alta tecnologia Rostec, Sergei Chemezov; o presidente da Transneft, Nikolai Tokarev; e o diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), Kirill Dmitriev.
O comunicado da chancelaria australiana também saúda medidas semelhantes impostas nas últimas semanas pelos EUA, União Europeia (UE), Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido. A declaração reforça que a Austrália busca, em coordenação com países parceiros, “impor um alto custo à Rússia por suas ações”.
Entre as principais sanções anunciadas pelo conjunto de países nas últimas semanas estão medidas restritivas sobre as reservas internacionais da Rússia, o fechamento do espaço aéreo na UE e EUA para companhias aéreas russas e a censura contra mídias estatais russas no bloco europeu. Recentemente, os EUA também anunciaram o banimento das importações de petróleo russo, além de medidas comerciais contra Moscou.