Nesta segunda-feira (28), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, renunciou ao cargo dizendo que estava deixando a gestão para respeitar a legislação eleitoral e que se sente “preparado para ser presidente”, segundo o UOL.
“Eu me sinto preparado, me sinto em condições, tenho vontade, tenho disposição de ser, sim, presidente. Mas ninguém é candidato pela mera vontade pessoal. Uma candidatura à presidência é um projeto que tem de ser construindo coletivamente e eu estarei me apresentando, se entenderem que nesta função eu deva colaborar”, afirmou.
Entretanto, Leite confirmou que não vai deixar o PSDB.
O anúncio, feito em vídeo transmitido em coletiva no Palácio Piratini, já era esperado pelo ambiente que vem se criando na sigla devido à baixa taxa de crescimento do presidenciável escolhido nas prévias para concorrer à eleição do Executivo, o governador de São Paulo, João Doria.
“Não é sobre as prévias, sobre o partido, é sobre o Brasil. Não pode qualquer projeto outro estar acima do nosso sentimento de viabilizar uma alternativa para o país”, afirmou Leite.
No entanto, ontem (27), Doria rotulou como “golpe” e “uma tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar o PSDB” a suposta articulação de parte do partido para tirá-lo da disputa presidencial em 2022, segundo o G1.
“Diante de prévias realizadas com o amparo da Justiça Eleitoral, com investimentos também registrados na Justiça Eleitoral – foram R$ 10 milhões investidos para que o partido fizesse suas prévias – as prévias valem. Qualquer outro sentimento diferente disso é golpe. Uma tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar o PSDB”, disse o tucano.
Para concorrer à presidente da República, Doria tem até o dia 2 de abril para deixar o cargo de governador de São Paulo e se dedicar integralmente à campanha presidencial deste ano, conforme manda a lei eleitoral.
Já no governo do Rio Grande do Sul, quem vai assumir o cargo na próxima quinta-feira (31) será o vice de Leite: Ranolfo Vieira Júnior (PSDB).