A Prefeitura de Santo André avança nas obras de revitalização completa do Teatro Conchita de Moraes, localizado no bairro Santa Teresinha. A recuperação deste equipamento público representa o resgate de mais um marco histórico da cidade.
“Em breve devolveremos para a nossa gente um novo Teatro Conchita de Moraes, modernizado, que será palco de formação cultural, do teatro amador e várias outras formas de expressões artísticas. Tiramos do papel esta e outras tantas benfeitorias para os moradores do segundo subdistrito”, destacou o prefeito Paulo Serra, durante vistoria nas obras realizada nesta quinta-feira (31).
As intervenções do Teatro Conchita de Moraes contemplam a substituição completa – remoção e nova instalação – da cobertura, incluindo a estrutura, pisos internos e externos, revestimentos acústicos em paredes, novas instalações elétricas, acessibilidade integral, além das salas de ensaio, de figurinos, vestiários, biblioteca, camarins, palco, rampas, plataformas, sala de projeção, entre outras melhorias.
Berço cultural
O Teatro Conchita de Moraes foi construído na década de 1950 pelo Governo do Estado de São Paulo para servir como auditório da Escola Estadual Carlina Caçapava Melo. O espaço tornou-se ao longo dos anos o grande palco do teatro amador do ABC.
A partir de 1963, o local passou a sediar o Festival de Teatro Amador de Santo André (Fetasa), tornando-se um refúgio dos artistas da região, que engajavam montagens enredadas politicamente. Pelo palco do Conchita passaram atores como Antonio Petrin e Sônia Guedes, antes de se tornarem famosos.
Por volta de 1970 o auditório passou para o controle do município, por reivindicação do Grupo de Teatro da Cidade, o GTC, que pretendia transformá-lo na casa de espetáculos da cidade. Além de apresentações do teatro amador, o teatro foi muito utilizado para festas de formatura e diversos shows de rock organizados pelas bandas da região.
Após cinco anos sem programação, em 1989, início da primeira administração do prefeito Celso Daniel, o Departamento de Cultura da Prefeitura de Santo André formou uma comissão para atuar na reativação do Conchita com o intuito de tê-lo novamente como um teatro popular.
Em 1992 o teatro é fechado para o início de uma reforma. No mesmo ano, no entanto, as obras são paralisadas. Outra reforma foi realizada em 1997. E a última grande reforma no local foi realizada entre 2010 e 2011. Nessa reforma, foi refeita toda a estrutura metálica e de madeiramento do palco e da plateia, e foram colocadas as poltronas (reutilizadas do Cine Carlos Gomes). Desde então foram feitas manutenções nos telhados e calhas, entre outros serviços.
Desde 1990 o Conchita de Moraes abriga também a Escola Livre de Teatro (ELT), espaço de formação mantido pela Secretaria de Cultura da Prefeitura de Santo André.