Preço dos insumos impacta no custo dos imóveis e deve acelerar a aquisição dos imóveis pelos interessados

Desde o início da pandemia de covid-19, a economia brasileira mostra sinais claros de instabilidade, com índices historicamente estáveis batendo recordes, inflação crescente em meio às altas subidas das taxas de juros, elevado nível de desemprego e Produto Interno Bruto (PIB) decepcionante.

O cenário ainda é impactado pela conjuntura política tornando mais difíceis as previsões sobre os próximos meses. O que se percebe, contudo, é a tendência de que o País apresente em não muito tempo dois quadros simultaneamente: a estagnação da economia e os altos índices de inflação. O retrato da chamada “estagflação” é desafiador. Aumenta o custo de vida. O Brasil conhece essa história, quando a crise do petróleo na década de 1970 gerou no País – e nas demais economias mais frágeis – hiperinflação no período.

O mercado imobiliário é um dos principais setores econômicos que se prepara para motivar seus interessados a não perderem o momento, e aliviarem os efeitos do cenário econômico.

Para o advogado especialista em mercado imobiliário, presidente da  CICOM Habitacional, Carlos Massini, o preço dos insumos (matérias primas como aço, cobre e concreto) e da mão de obra são os principais fatores acompanhados pelo segmento: “Observamos claramente durante a pandemia uma alta histórica do Índice Nacional da Construção Civil, que acumulou alta de mais de 20% em dois anos. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, foi para mais de 30% no acumulado. São situações que demonstram a dificuldade do setor, que reagiu e segurou bem suas forças no período, mas dá sinais de que o ritmo vem se reduzindo. E isso afeta quem busca seu primeiro imóvel”.

Essa é uma realidade. Além da diferença do preço dos imóveis novos e usados – o valor dos residenciais no País teve alta de 5,29% em 2021, segundo o índice Fipezap, maior reajuste desde 2014 -, a tentativa do governo em frear a inflação (aumentar a taxa básica de juros) torna ainda mais inacessíveis os financiamentos habitacionais. Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, no início de maio, a taxa Selic foi elevada para 12,75%, maior nível desde 2017.

“Uma taxa alta de juros torna o crédito imobiliário mais caro, criando uma barreira para que os setores de menor renda consigam financiar sua residência. Nem todos os bancos refletiram, ainda, essa alta, o que mostra que o consumidor que tem esse plano precisa se apressar”, adverte Massini.

E se preparar para não sentir os efeitos desses fatores é agir, segundo o especialista, o momento é ideal para fechar um contrato de aquisição imobiliária. “Uma casa, um apartamento, sempre foi um sonho de consumo para o brasileiro. É, tradicionalmente, sinônimo de conquista, estabilidade, segurança patrimonial. Não é momento de perder tempo, quem tem condições de adquirir seu imóvel, não deve esperar uma incerta melhora na economia. Com o cenário instável, o melhor a se fazer é garantir a realização do objetivo o quanto antes”, diz o executivo da CICOM.

Se a perspectiva econômica do Brasil preocupa economistas e leigos, um fato é certo: conquistar um imóvel é estar um passo à frente, já que coloca o novo proprietário – e sua família – em situação mais confortável, com um patrimônio para chamar de seu.

 

Fonte: CICOM 

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