O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, reuniu-se nesta quarta-feira (13) com o pré-candidato à Presidência da República e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o pré-candidato a vice, ex-governador Geraldo Alckmin (PSB); com a Bancada do Partido dos Trabalhadores e com senadores de oposição. No encontro, Pacheco reafirmou o compromisso do Legislativo com a defesa da democracia e a confiança nas urnas eletrônicas e nas eleições de outubro.

“Naturalmente que, como presidente do Senado, tenho a obrigação de receber uma bancada do Senado e um ex-presidente da República, mas é sempre com satisfação. Um encontro muito agradável, proveitoso, naturalmente sob o ponto de vida de reflexões sobre questões nacionais”, destacou Pacheco, que disse estar à disposição para receber todos os demais pré-candidatos que tenham interesse.

De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), coordenador da campanha de Lula e líder da oposição no Senado, a reunião tranquilizou os parlamentares, que saíram do encontro com a certeza de que o Congresso atuará para garantir a democracia no processo eleitoral e assegurar a posse do vencedor:

“Nós todos saímos daqui com a garantia de que o presidente do Congresso Nacional, que é quem dará posse aos eleitos, atuará nesse momento.”

Para o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PT-PA), o encontro foi a oportunidade de uma conversa institucional importante e republicana:

“Acho que valeu o esforço de ambos os lados, tanto o convite do presidente do Senado quanto esforço do nosso lado de fazer esse encontro. Valeu por essa qualidade do debate político e pela defesa da democracia e de eleições limpas. Quem ganhar leva.”

De acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), essa garantia passa não somente pela força institucional do Congresso, junto com outras instituições, como os tribunais superiores, mas também pela sociedade civil, para que, num esforço conjunto, o país tenha a garantia de um processo democrático.

” O presidente Bolsonaro, no momento em que ele sentir que dificilmente conseguirá vencer pelo voto, ele pode caminhar em busca de pretextos, para justificar aí uma ruptura institucional. E nós saímos tranquilos no sentido de que o Congresso será um dos pontos de resistência a isso”, explicou Humberto Costa.

Violência Política

Segundo o líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), além de possíveis tentativas de fraude nas eleições, a conversa incluiu a preocupação de evitar a escalada da violência política. O parlamentar citou o assassinato do guarda municipal e dirigente do PT Marcelo Aloizio de Arruda durante a comemoração dos seus 50 anos, no dia 9, em Foz do Iguaçu (PR). Autor dos tiros contra Marcelo, o agente penal Jorge José da Rocha Guaranho anunciou-se à entrada do salão da festa como apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

“A gente sabe de onde partem as incitações à violência, aquelas mensagens cifradas, “preparem-se pra isso, para aquilo”. A conversa, inclusive, girou em torno de como evitar que essas coisas progridam, como evitar que violências até mais sérias aconteçam e como evitar a fabricação de um evento eleitoreiro ou eleitoral, de uma pseudofraude no momento da eleição”,  relatou o líder da minoria.

Também participaram do encontro os senadores Paulo Paim (PT-RS), Jaques Wagner (PT-BA), Rogério Carvalho (PT-SE), Fabiano Contarato (PT-ES), Alexandre Silveira (PSD-MG), Zenaide Maia (Pros-RN), Dário Berger (PSB-SC), Nilda Gondim (MDB-PB) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), além da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante.

 

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