Brasília e Assunção resolveram unir esforços na fronteira, e pela primeira vez de forma coordenada, deflagraram as duas já conhecidas operações: a brasileira Ágata e a paraguaia Basalto, as quais juntas se tornaram a Operação Ágata Conjunta Oeste 2022.
Cerca de quatro mil militares brasileiros, além de servidores de outros órgãos e agências federais, estaduais e municipais, participam das ações que vêm ocorrendo em território brasileiro desde o último dia 18, relata o site do Ministério da Defesa do Brasil.
Já do lado paraguaio da fronteira, a Operação Basalto é coordenada pelo Comando de Operações de Defesa Interna (Codi) – órgão militar que reúne efetivos do Exército, Marinha e Força Aérea paraguaia e que, habitualmente, apoia as ações da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do país.
O objetivo da Operação Ágata Conjunta Oeste 2022 é combater o contrabando, narcotráfico, garimpo ilegal e crimes ambientais, especialmente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Na quinta-feira (21), durante a abertura da 7ª Reunião de Chefes de Estado e de Governo e Altas Autoridades do Prosul, na cidade de Luque, no Paraguai, o presidente, Mario Abdo Benítez, discursou a respeito da importância da iniciativa, segundo o jornal Valor Econômico.
O presidente afirmou que, no Paraguai e em vários outros países, o crime organizado se embrenhou em diferentes instituições e atividades.
“Estamos fazendo um trabalho importante [com o Brasil], na fronteira para erradicar os ilícitos que vêm permeando nossa burocracia pública há anos […]. Da política ao Congresso, [passando por] setores empresariais. Lamentavelmente, o crime organizado é [a atividade] que mais eficientemente se globalizou. A luta contra ele tem que ser solidária e cooperativa. [No Paraguai] estamos com o firme compromisso de erradicar os ilícitos que contaminam e destroem a moral da burocracia pública”, disse Benítez.