“Fazendo uma análise para o curto prazo, os biocombustíveis não têm força para frear a crise dos combustíveis. Isso porque, além do problema de falta de oferta, há desafios técnicos que devem ser supridos para dar conta da demanda de combustível ao nível nacional”, afirma a pesquisadora à Sputnik Brasil.
“[Investir na produção de biocombustíveis é necessário] principalmente para que o Brasil consiga alcançar melhores resultados em termos de transição da matriz energética, diminuir a dependência dos combustíveis fósseis e, além disso, contribuir com a estabilização das condições climáticas ao nível de emissões de carbono, por exemplo”, afirma.
Mudanças na Petrobras afetam produção de biocombustíveis
“Desde o início da sua construção, a PBio, alinhada ao Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), foi um programa para a produção de oleaginosas pela agricultura familiar para ser usada como matéria-prima no processo de produção do biodiesel”, explica Diaz, detalhando a relação dos biocombustíveis com agricultores familiares.
“Algumas políticas públicas foram estabelecidas em direção à inclusão social por meio da geração de empregos, além de ser uma oportunidade de ampliar as fontes de energias renováveis. [À época] o governo federal criou, inclusive, o Selo de Combustível Social (SCS) a fim de integrar a agricultura familiar à cadeia produtiva do biodiesel”, ressalta a pesquisadora, salientando a importância social do programa ligado aos biocombustíveis.