O desaquecimento da economia norte-americana reduziu as pressões no mercado financeiro. O dólar caiu para o menor valor em quase 40 dias e passou a acumular queda em julho. A bolsa de valores superou os 102 mil pontos e fechou no maior nível em um mês e meio.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (28) vendido a R$ 5,163, com queda de R$ 0,088 (-1,67%). A cotação chegou a abrir em alta, mas passou a despencar após a abertura do mercado norte-americano. Durante a tarde, caiu ainda mais, influenciada por notícias domésticas.
Com o desempenho desta quinta, o dólar, que subia em julho, passou a acumular queda de 1,38% no mês. Em 2022, a divisa cai 7,41%.
O dia também foi marcado pela euforia no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 102.597 pontos, com alta de 1,14%. Em alta pelo segundo dia seguido, o indicador está no maior patamar desde 15 de junho.
No mercado internacional, a divulgação de que os Estados Unidos entraram em recessão técnica, com o Produto Interno Bruto (PIB) encolhendo pelo segundo trimestre seguido, aliviou o mercado. Isso porque os investidores julgam cada vez mais provável que a maior economia do planeta entrará em recessão oficial (com três trimestres seguidos de queda), o que permitirá ao Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) começar a baixar os juros em 2023.
Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. No mercado doméstico, o superávit primário em junho além das expectativas e a divulgação de que a Petrobras distribuirá volume recorde de dividendos ajudaram a beneficiar o real.