Startup de Diadema é a única empresa do Brasil a produzir embalagens biodegradáveis a partir da fécula de mandioca e pode receber incentivos fiscais por investir em inovação e tecnologia.

De uma pesquisa universitária no interior de São Paulo até chegar em Diadema, passando pelo Big Brother Brasil – essa é a aventura da empresa Já Fui Mandioca, uma startup inovadora que transformou um estudo de mais de 20 anos em prática industrial ecológica. Preocupado com o excesso de plástico utilizado em embalagens, copos e, na verdade, em quase tudo, o CEO Stelvio Mazza se voltou para a embalagem mais perfeita que existe: a casca de uma fruta.

“Ela embala um produto pelo tempo necessário e, quando você joga fora, na verdade não é fora. Ela é um insumo para uma nova planta, uma nova fruta. Então é exatamente isso que a gente tenta copiar com a bioembalagem da mandioca, o ciclo da natureza,” explicou o CEO. “Não faz sentido você utilizar um material praticamente indestrutível para algo que será usado uma vez, por alguns segundos. Um exemplo, você dar um gole num copo d’água e jogar fora, ou você tomar um sorvete que vai derreter em menos de 30 minutos e você usar um pote que é indestrutível. A Já Fui Mandioca começou a atuar justamente com uma solução para este mercado. E hoje nós estamos produzindo e ampliando cada vez mais esse processo, que é uma tecnologia nova, um processo difícil de ser feito. Nós estamos justamente conseguindo não só inventar um produto, mas também levar para mais gente.”

E foi exatamente de olho nas possibilidades desse produto e nos benefícios para a cidade de Diadema, a vice-prefeita Patty Ferreira, liderando uma equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, esteve nesta sexta (12) visitando as instalações da fábrica, no bairro Eldorado. “Eu queria entender exatamente o que é isso e o que eu vi me surpreendeu. Tenho certeza que essa empresa tem potencial para se tornar um exemplo para outras, ao aliar meio ambiente, qualidade de vida e tecnologia que não causa impacto na vida da gente no futuro – ou, se causa, é um impacto positivo. É deixar um futuro melhor a nossos filhos e netos,” afirmou ela.

Na visita, foi apresentada à equipe todo o processo de tratamento da mandioca, da preparação da massa, o molde, até a impressão final dos logos nos copinhos. O material, surpreendentemente resistente, pode ser usado várias vezes, diminuindo drasticamente o uso de plásticos e, ao ser enfim descartado, pode ir para uma composteira ou um vaso comum e se torna um adubo de excelente qualidade em até 24 horas. “É um conceito novo, um conceito que nem todo mundo está preparado pra isso, mas eu gostaria de deixar claro que a prefeitura de Diadema está aqui para apoiar esse tipo de iniciativa,” pontuou a vice-prefeita.

Incentivos Fiscais

De fato, a empresa já tem planos de ampliação e recebeu com satisfação a informação que Diadema oferece às suas empresas incentivos fiscais de até 50% do que for investido em inovação e tecnologia. “Isso significa que poderemos investir em dobro,” celebrou Mazza. “A contrapartida será empregar mais e mais pessoas da região,” complementou Patty.

A empresa já contrata a maioria dos funcionários na própria região do Eldorado e pretende multiplicar esses números em breve. “O Brasil é o quarto maior produtor de mandioca do mundo, então matéria-prima não será um problema,” celebrou o CEO.

A equipe da SEDET se comprometeu a oferecer todo a orientação necessária para a obtenção dos incentivos fiscais, bem como colocou o Emprega Diadema à disposição para futuras contratações. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 11 4057-7418.

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