Especialista da seguradora Allianz Trade aponta os três tipos mais comuns de fraude e como se prevenir

Quando se ouve o termo “falsidade ideológica”, a primeira coisa que nos vem à mente são informações confidenciais de indivíduos, como RG e CPF, sendo usadas por terceiros para fins criminosos. O que não é muito falado, mas que resulta em milhões em receita perdida a cada ano, é o roubo de identidade também no mundo empresarial.

Em uma pesquisa recente, a empresa de segurança Kaspersky simulou, com cerca de 29 mil colaboradores, um golpe de phishing (mensagens atrativas para capturar dados de pessoas ou empresas). O resultado apontou que uma em cada cinco pessoas caíram no golpe.

“A fraude digital no meio corporativo é muito mais comum do que a maioria das pessoas pensa”, afirma Jean Pierre Fekenne, Gerente de Negócios Cibernéticos e Fraude da Allianz Trade, empresa global especializada em seguro de crédito.

Segundo o especialista, uma combinação de ferramentas digitais como e-mails, juntamente com táticas de manipulação chamadas “engenharia social”, pode resultar em consequências devastadoras, especialmente para pequenas e médias empresas. Fekenne alerta que “os setores de varejo e distribuição são particularmente vulneráveis a essa forma menos conhecida de fraude, e os empresários devem saber como proteger suas empresas e seus funcionários”.

Sabemos que todas as empresas enfrentam algum tipo de risco. No entanto, para reduzir as chances de ser vítima de crimes como este, é importante conhecer os novos tipos de fraude e cobrir ao máximo as lacunas na segurança das informações. No atual contexto global de escassez e interrupções, as margens de lucro estão cada vez mais apertadas. Mas as empresas ainda precisam fazer negócios – e às vezes optam por fazê-lo sem investigar quem são seus clientes ou fornecedores. Por isso, setores como varejo e distribuição tem sido o principal alvo dessas ações criminosas. Para ajudar os executivos a identificarem este crime, o especialista da Allianz Trade selecionou três tipos de fraudes mais comuns:

Fraude na fatura

Este golpe se inicia com um criminoso enviando uma fatura falsa para a empresa. Os gerentes da loja para que fazem um pagamento na conta bancária errada e o valor é então desviado para uma conta estrangeira, sem que haja qualquer maneira de bloquear a transferência ou recuperar o dinheiro.

Compras falsas

Assumindo a identidade de um cliente real, o fraudador faz grandes pedidos de mercadorias de alto valor de um fornecedor desavisado. Eles então desaparecem com as mercadorias, deixando para trás uma fatura não paga.

Fraude do CEO

Usando engenharia social e técnicas de inteligência artificial, um golpista finge ser um executivo da empresa e pede que funcionários façam pagamentos urgentes e confidenciais ou ofereçam informações confidenciais.

“Esse último tipo de fraude”, lembra Jean Pierre Fekenne, “aconteceu com uma empresa de energia sediada no Reino Unido em 2019. O CEO da empresa pensou que estava falando com o CEO da controladora alemã da empresa. A pessoa que ligou fez um pedido urgente para que o executivo enviasse fundos para um fornecedor húngaro dentro de uma hora”.

Informação é a melhor ferramenta de prevenção

Com a facilidade das novas tecnologias, as vendas hoje em dia acontecem de forma cada vez mais ágil. Por isso, reservar um tempo para verificar antecedentes criminais, por exemplo, é uma prática que tem caído em desuso, considerando o ritmo acelerado para fechar mais vendas e tomar decisões. Infelizmente, os empresários do setor de varejo simplesmente não sabem o suficiente sobre as fraudes potenciais ou reais que existem.

Portanto, antes que o golpe possa ocorrer – ou seja, antes de uma venda – os proprietários precisam ser mais diligentes. “É importante realizar verificações de segurança ou de antecedentes. Conhecer seus clientes também ajuda muito na prevenção de fraudes. Os comerciantes que não tomam precauções correm o risco de ficar com faturas não pagas”, adverte o gerente da Allianz Trade.

Por fim, Fekenne explica que trabalhar com consultores profissionais pode aumentar a segurança do negócio, de modo a detectar e prevenir situações fraudulentas. “Ao procurar uma cobertura, o ideal é buscar no mercado seguradoras que entendam as fraudes específicas do varejo e a cobertura exata necessária para o negócio”, finaliza.

Fonte: Race Comunicação

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