O GRITO ESTÁ NA GARGANTA DO ELEITOR
Em ano de copa do mundo, o eleitor brasileiro no país do futebol vai às urnas com a sensação de fazer o seu gol contra o adversário, as eleições polarizadas dividiram o país em “nós” contra “eles” se comportando como torcedores ao invés de eleitores.
Nestas eleições 53% dos eleitores são mulheres que no 1º turno teve sua candidata apresentando propostas nos debates, as eleitoras brasileiras perderam a chance de serem representadas por Simone Tebet, mas preferiram votar contra o “seu adversário” ao invés de uma nova oportunidade feminina, com carreira política de sucesso para o Brasil.
Entre os eleitores masculinos não temos mais aqueles debates nos bares entre amigos, a polarização trouxe o silêncio entre os eleitores que não trocam mais ideias, quando acontece geralmente se ofendem, assim como seus candidatos. Infelizmente não temos mais a segurança de uma discussão política em público pelo risco a nossa segurança, assim como acontece com as torcidas organizadas onde o ódio contra o adversário supera o amor pelo futebol.
O eleitor que assistiu os debates dificilmente conseguiu enxergar um horizonte para o Brasil, pois só ouviu ataques e acusações de mentiras com poucas propostas de governo, mas foi isso que o ”torcedor eleitor” escolheu para o seu país no 2º turno, através do seu voto contra o seu adversário.
No país do futebol o eleitorado não vota em propostas e sim contra o seu adversário numa disputa como se fosse vencer um campeonato, para soltar o grito do seu candidato como presidente, mas continua pagando o juros altos, sofrendo com a inflação que traz a fome, em um país sem futuro com a educação falida, com um sistema de saúde deficitário causando mortes, transporte público de má qualidade além de mais de 9,5 milhões de desempregados.
O brasileiro precisa aprender a votar consciente, independente de quem vai ganhar ou perder o seu voto define o futuro do país e suas consequências, durante o próximo governo sentirá o peso da sua decisão pelo gol contra o seu país.
