Saber reconhecer os sinais é fundamental para manejar a doença ainda em fase inicial e, assim, ter uma vida mais longa e mais saudável
Devido ao aumento progressivo da sobrevida e à alta prevalência na população acima de 60 anos, a doença de Alzheimer se tornou um problema sério de saúde pública. Atualmente, 55 milhões de pessoas possuem demência, sendo de 60% a 80% dos casos ocasionados pela enfermidade descoberta pelo psiquiatra alemão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só aqui no Brasil, há mais de 1,2 milhão.
O cenário, que já é alarmante, deve se agravar nos próximos anos. A Alzheimer’s Disease International prevê um crescimento exponencial de diagnósticos em todo o mundo, chegando a 74,4 milhões em 2030 e a 131,5 milhões em 2050. “É importante que esses números não sejam recebidos com pânico, mas utilizados para alertar a população sobre o aumento da prevalência e reforçar os benefícios do diagnóstico precoce para controlar a evolução da doença”, ressalta a neurologista do Hcor, Dra. Rosemary Moreno.
O diagnóstico é clínico e embasado em exames complementares. “Ao verificarmos dois ou mais déficits cognitivos, com piora progressiva e incapacitação, associados ou não a alterações comportamentais, solicitamos teste neuro-psicológico, exames de imagem cerebral, como ressonância magnética ou PET-CT, e análise de líquor com pesquisa de marcadores da doença e exclusão de outras patologias para fechar o diagnóstico”, explica.
Ao perceber qualquer sintoma, é preciso procurar um médico. “As manifestações mais comuns são a apatia, o isolamento social e a depressão, mas as disfunções cognitivas da doença de Alzheimer são chamadas de ‘os 5 A’s’ (amnésia, afasia, anomia, agnosia e apraxia). Elas se apresentam como comprometimentos da memória, da compreensão da linguagem e incapacidade de reconhecer lugares, faces, objetos e suas funções e de realizar atos que foram aprendidos, como manusear talheres, vestir-se e caminhar”, esclarece.
De acordo com a especialista, é conveniente que o paciente tenha ciência de seu diagnóstico. “Nas fases iniciais da doença, há uma maior efetividade das medicações disponíveis para tratamento e é neste momento que o paciente ainda pode ser capaz de compreender seu diagnóstico, expressar seus desejos e realizar planos financeiros e outros ajustes da vida junto com seus familiares”, orienta.
Ainda que não exista prevenção para a doença de Alzheimer, a neurologista ressalta que o cérebro funciona melhor com coração e vasos sanguíneos sadios para nutrí-lo. “Por isso, é fundamental tratar fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo, dislipidemia, tabagismo e etilismo, e outras condições que agravam a perda cognitiva por dificultar a socialização e reduzir o interesse globalmente, como surdez, baixa acuidade visual e isolamento social. Para exercitar o cérebro, invista em desafios e novos aprendizados constantes, como ler, estudar, raciocinar e adquirir novos conhecimentos”, indica a médica.
Sobre o Hcor
O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino, que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.
Fonte: Fleishman