Oncologista alerta que mulheres ainda procuram o médico somente quando identificam algum sintoma e isso impacta nos resultados e até mesmo nas possibilidades de tratamento e cura
As tarefas e responsabilidades diárias são muitas, a rotina é intensa e o cuidado é uma preocupação na agenda de uma mulher. No entanto, o autocuidado ainda é um desafio para milhares delas ao redor do mundo. Se a elas ainda cabe o papel de cuidar de todos a sua volta, o cuidado com si mesmo ainda precisa ser priorizado.
A evolução da medicina voltada para o gênero feminino tem contribuído para oferecer tratamentos cada vez mais resolutivos. “Da primeira menstruação aos pós menopausa, e independente da idade, a melhor forma de garantir o bem-estar e a qualidade de vida é por meio da prevenção e do autocuidado”, orienta a ginecologista e coordenadora médica do Sabin Diagnóstico e Saúde de São Caetano do Sul, Luciana de Paiva Nery Soares.
“Os exames preventivos periódicos são a estratégia mais eficaz de prevenir e identificar as doenças de maior prevalência entre as mulheres, pois garantem o melhor prognóstico e tratamento quando diagnosticadas precocemente”, ressalta ela.
Os cânceres de mama e colo de útero, estão entre essas doenças, por isso alguns dos exames preventivos mais comuns para mulheres incluem o papanicolau, mamografia e ultrassonografia pélvica. “Esses exames preventivos periódicos devem ser realizados mesmo que a mulher não apresente sintomas ou sinais de doença. A frequência dos exames pode variar dependendo da idade da mulher e do histórico pessoal e familiar, por isso o acompanhamento médico ao longo da vida é fundamental. Desta forma os exames e a sua periodicidade podem ser definidos de forma individualizada, a partir do histórico de cada paciente. As necessidades mudam ao longo da vida, os exames preventivos também”, explica Luciana.
“As mulheres ainda procuram o médico somente quando identificam algum sintoma e isso impacta nos resultados do tratamento e até mesmo nas possibilidades de tratamento. Com os exames de rotina é possível detectar algumas doenças ainda em fase inicial, quando os tratamentos são mais resolutivos”, alerta o cirurgião oncológico, Rafael Leite Nunes.
O câncer de colo de útero afeta mais de 16 mil mulheres no Brasil todos os anos, mas quando rastreado precocemente as chances de cura chegam próximas de 100%. “O câncer de colo de útero tem evolução lenta e só manifesta sintomas quando atinge estágios avançados, quando os tratamentos podem ser menos efetivos”, alerta o cirurgião oncológico, Rafael Leite Nunes.
Já o câncer de mama, o segundo mais recorrente entre as mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, corresponde a quase 30% de todos os casos de câncer registrados no Brasil. São cerca de 60 mil novos diagnósticos por ano e 15 mil resultam em morte.
“Sim, os são números expressivos e podem ser impactados pelo diagnóstico precoce. No entanto, 40% das mulheres não realizam a mamografia há mais de 3 anos e somente 25% realiza o exame com a periodicidade adequada, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia”, alerta o médico.
“Quando o assunto é saúde, não tem fórmula mágica, mas priorizar a rotina de cuidados preventivos é fundamental para garantir os melhores desfechos clínicos. A medicina tem evoluído muito em tratamentos que resultam em melhores prognósticos, no entanto, é no estágio inicial que esses tratamentos oferecem os melhores resultados”, conclui Luciana.
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Fonte: FSB Comunicação