Objetivo é tirar dúvidas de futuros profissionais e humanizar o atendimento em toda a rede de saúde
A Coordenadoria de Políticas de Cidadania e Diversidades (CPOCD) de Diadema aproveitou o Dia da Enfermagem, celebrado hoje, 12 de maio, para encontrar diretamente futuros profissionais da área para um bate-papo franco sobre cidadania e direitos da população LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e todo o espectro de sexualidades fora do padrão heterocisnormativo).
Para isso, a coordenadoria esteve nesta quinta (11) e sexta (12) fazendo palestras, entregando material e tirando dúvidas de várias turmas de alunos da Proz Educação, que oferece cursos na área da saúde (Enfermagem, Estética, Farmácia, Radiologia e Segurança do Trabalho).
“Estamos aqui para construir pontes com quem muito em breve estará na linha de frente do atendimento à população,” explicou Robson Carvalho, coordenador da CPOCD e responsável pela palestra. “Ajudando a conscientizar esses alunos, contribuímos para um melhor atendimento, com mais respeito e dignidade, independente da orientação sexual e identidade de gênero.”
Ao longo de mais de 2 horas, Robson apresentou slides e vídeos e fez dinâmicas com os presentes sobre temas como respeito, injustiças, conceitos (como orientação sexual, identidade de gênero, sexo biológico e expressão sexual) e o papel dos enfermeiros em criar um ambiente seguro para pacientes LGBT. Os alunos puderam interromper a qualquer momento para tirar dúvidas, o que gerava novos e acalorados debates.
Dentre as dúvidas, questões sobre as diversas populações que compõem a sigla LGBTQIA+, a utilização de pronomes, pré-julgamentos que não devem ser feitos e a fisiologia de pessoas trans.
“Essa parceria com a Prefeitura é super proveitosa para melhorar a Enfermagem como um todo,” afirmou a coordenadora Luana de Assis Rodrigues, coordenadora do curso de Enfermagem da Proz Diadema. “Nada mais importante do que conhecer e compreender o tema para atender sempre melhor e de uma forma diferenciada, mais empática e mais humanizada.”
Segundo a coordenadora, muitos alunos e profissionais são eles mesmos LGBT e ações como essa colaboram para criar um ambiente mais saudável também entre a equipe. “Quando trazemos essa abordagem para a sala de aula, eles também se sentem acolhidos e menos excluídos. Mostra que todos somos diferentes, mas devemos ser tratados como iguais.”
Cerca de 400 alunos passaram pelas palestras da CPOCD nesses dois dias.