Niki Lauda, nascido em 21 de Fevereiro de 1949 na Áustria, era neto de banqueiro, mas nunca teve apoio da família para ingressar no automobilismo, pegou um empréstimo em um banco austríaco para ingressar no esporte a motor.
Sua primeira vitória na F1 veio no Grande Prêmio da Espanha, no Circuito de Jarama, na Espanha, no ano de 1972. Na equipe Ferrari, tendo como companheiro, o suíço Clay Regazzoni, onde mostrou grande talento e conhecimento técnico, surpreendendo a todos, no ano de 1975 chegou ao seu tão sonhado título mundial da F1, categoria máxima do automobilismo.
Em 1976, Niki Lauda, no dia do aniversário da cidade de São Paulo, 25 de Janeiro, venceu o Grande Prêmio do Brasil, no Autódromo de Interlagos, no antigo traçado de 7997 metros.
Apesar da ferrenha luta pelo título mundial da F1 durante temporada de 1976 contra o inglês James Hunt da McLaren, no dia 1° de Agosto, no circuito alemão de Nordschleif, traçado extenso em seus quase 22 KM, Lauda sofre o mais grave acidente de sua vida, ficando preso nas ferragens enquanto seu carro era consumido pelas chamas.
Devido a longa extensão do circuito o socorro demorou a chegar, Niki Lauda passou vários dias na UTI lutando pela vida, chegando a ser desenganado pelos médicos e recebendo inclusive a Extrema Unção.
Mas Niki era um grande guerreiro dentro e fora das pistas, não iria desistir jamais de lutar por sua vida e pelo campeonato e em após um curto período de 43 dias de recuperação e árduo tratamento, Niki Lauda surpreendentemente retornou às pistas em Monza, na Itália de forma milagrosa, terminando a prova em 4° lugar, mostrando ao mundo o cara diferenciado que era.
Após longa batalha contra James Hunt, que pudemos ver retratada no filme Rush, no limite da emoção, a batalha chega ao Circuito de Fuji no Japão, no fim de semana de 23 e 24 de Outubro de 1976.
As condições climáticas eram extremas, chuva torrencial caía sobre o circuito japonês e durante o briefing, Lauda temendo por sua segurança e de todos sugeriu o cancelamento da prova, atitude que foi motivo de chacota de todos ali presentes, pois alegava que ele tinha interesse no cancelamento da prova, não pela segurança, mas por estar na liderança do campeonato e se a prova não acontecesse, seria o campeão mundial.
Mesmo contra a vontade, a largada foi dada e lembrando de tudo que havia ocorrido, de tudo que havia sofrido 2 meses antes, Niki Lauda decide se retirar da prova, deixando aberto o caminho para James Hunt ir rumo ao seu tão sonhado título mundial, e ele veio após Hunt cruzar a linha de chegada em 3°, a prova foi vencida pelo norte americano Mario Andretti, o futuro campeão mundial de 1978, com a Lotus, em Monza.
Após o término da temporada e com o vice campeonato mundial, Niki Lauda decidiu se manter focado na disputa da temporada de 1977, na qual conquistou seu bicampeonato mundial com a Ferrari, enquanto James Hunt, seu adversário em 1976 saiu para curtir suas merecidas férias com seus amigos.
Após a ausência da F1 por algumas temporadas, se dedicando a sua cia aérea, a Lauda Air, no ano de 1984, na McLaren, tendo como companheiro de equipe o francês Alain Prost, Niki Lauda chegou ao tricampeonato mundial da F1, terminando o campeonato a 0,5 ponto a frente de Prost, isso se deve à interrupção do Grande Prêmio de Mônaco, no dia 3 de Junho devido as fortes chuvas que caíam sobre o principado. Prost foi declarado vencedor, porém, recebeu apenas a metade dos pontos, 4,5, pois o vencedor levava 9 pontos. Esta pontuação pela metade foi crucial na decisão do título mundial de 1984 a favor de Niki Lauda.
Em 1985, Niki Lauda venceu pela última vez na F1 no Grande Prêmio da Holanda, em Zanvoort, com o jovem Ayrton Senna ao seu lado no pódio em 3°. Aquela foi a vitória n° 25 de Lauda na F1, se igualando ao escocês voador Jim Clark e ficando a 2 do tricampeão Jackie Stewart, se despedindo da F1 como um grande tricampeão mundial, assim como o australiano Jack Brabham e o escocês Jackie Stewart.
Apesar da aposentadoria, Niki sempre se manteve em meio ao esporte, inclusive, participou como convidado dos testes de pré temporada em 2002 pela equipe Jaguar, amargando a última posição, pois ele mesmo alegou que os carros da época eram bem mais fáceis que os de sua, fato que não foi comprovado pela performance de Niki.
Nos anos finais de sua vida, Niki Lauda ocupou um cargo de chefia dentro da equipe Mercedes e foi responsável pela mudança do inglês Lewis Hamilton da McLaren para a Mercedes no ano de 2013. A parceria entre Lauda, Mercedes e Hamilton foi extremamente bem sucedida e vitoriosa, rendendo ao inglês 6 títulos mundiais e 8 títulos de construtores à montadora alemã, não podendo esquecer também do título de 2016 de pilotos com o alemão Nico Rosberg.
Em 2018 Niki Lauda precisou se afastar do esporte devido a graves problemas de saúde, o que lhe fez precisar de um transplante de pulmão, o transplante foi bem sucedido e sua recuperação vinha ocorrendo de forma lenta, mas problemas renais complicaram de vez seu estado de saúde, o levando à morte aos 70 anos, em uma segunda feira de 20 de Maio de 2019, na Suíça.
A morte de Niki causou grande choque e comoção não apenas entre seus fãs, mas em todo o circo da F1, reunindo em seu funeral vários pilotos de sua época, inclusive, o brasileiro Nelson Piquet, de quem era amigo.
Niki foi sepultado dia 29 de Maio no Cemitério Heiligenstadt Cemetery, que em alemão quer dizer ” Cemitério Cidade dos Espíritos”.
Apesar de ser uma figura polêmica algumas vezes, Niki Lauda sempre estará entre os maiores nomes da história da F1, fazendo com que seus feitos e seu legado jamais sejam esquecidos.
Vielen Danke für alles, Niki!
Muito Obrigado por tudo,Niki!
Dois feras: Lauda e quem escreveu o artigo.
Lauda foi um gigante. Pilotava muito bem. Um dos grandes da história.
Parabéns meu amigo, nota 10!
Show Marcelo!
Parabéns pelo trabalho incrivel .
Sh
Um dos melhores que eu vi em atividade no final da sua grande carreira (82-85), de quebra com o título de 84 por 0,5 ponto.
Saudades Eternas do Nick Lauda