Apesar dos contratempos, piloto capixaba dá mais um passo no planejamento para andar entre os melhores
Há duas maneiras de se avaliar a participação de Hugo Cibien na segunda etapa da temporada 2023 da Stock Series, disputada no último fim de semana no lendário circuito gaúcho de Tarumã, na Grande Porto Alegre.
Uma, rasa, é olhar os resultados das três corridas: na primeira, disputada no sábado, ele chegou em 10º; na segunda e terceira, disputadas no domingo, chegou respectivamente em 6º e 10º.
Outra, mais aprofundada, é analisando a performance do capixaba de 40 anos da W2 Pro GP a cada treino e avaliando sua evolução. Nesta segunda, fica claro que o piloto vem cumprindo as metas de baixar seus tempos e diminuir a diferença para os pilotos mais velozes do grid a cada vez que entra no carro.
Acostumado a pilotar um AJR da categoria P1 na Endurance Brasil, muito mais leve e veloz – em Interlagos, por exemplo, o protótipo é mais de 15 segundos mais rápido em uma volta de classificação, – Cibien busca se adaptar o mais rapidamente possível à tocada do Stock Series.
E vem fazendo isso. Em Tarumã, começou com uma defasagem de um segundo em relação ao piloto mais veloz no primeiro treino livre, e na classificação ficou a apenas seis décimos de segundo do pole position, o experiente Gabriel Robe, há anos na categoria, e a quatro décimos do melhor rookie (calouro), Mathias de Vale.
Nas três corridas – as duas primeiras vencidas por Gabriel Robe e a terceira por Mathias de Vale -, o carro que leva as cores da Arcelor Mittal foi tocado e rodou, sendo que em duas o piloto que deu o toque foi punido.
“Apesar de as corridas não terem acabado como gente queria, minha adaptação ao carro e a consequente evolução no desempenho vêm acontecendo conforme o planejado. Talvez eu tenha que ter uma atitude um pouco mais agressiva nas disputas por posições nas corridas, porque a categoria tem muitos toques, mas isso também é uma questão de adaptação. Enquanto o carro estava inteiro meu ritmo de corrida esteve sempre próximo ao do pelotão da frente, e principalmente igual ao dos meus companheiros de equipe, que são meu parâmetro. Estou contente com o que alcançamos e vou para Cascavel muito otimista”.
Fonte: Alexandre Kacelnik