A Copa do Mundo de 2002 foi a primeira Copa do Mundo disputada no Oriente e a primeira disputada em dois países simultaneamente, no Japão e na vizinha Coreia do Sul, para nós do Ocidente, jogos de manhã e durante a madrugada. A grande decepção desta Copa foi a seleção francesa, que perdeu logo na estreia para Senegal, e saiu da Copa sem conseguir sequer marcar um gol. Copa para ser esquecida pelos atuais campeões mundiais de 1998.
Brasil e Alemanha fizeram uma grande Copa do Mundo com excelentes atuações durante a fase de grupos, com destaque para a estreia da Alemanha com uma goleada histórica de 8X0 sobre a seleção da Arábia Saudita, em Saporo, no norte do Japão, enquanto o Brasil, em Ulsan na Coreia, estreou vencendo a seleção da Turquia por 2X1.
Ambas seleções avançaram sem menores dificuldades para a fase eliminatória da Copa, com o Brasil vencendo os 3 jogos e a Alemanha apenas empatando com a Irlanda. O Brasil teve como destaque na fase de mata mata, o jogo contra a Inglaterra no dia 21 de Junho, em Shizuoka, no Japão, jogo que aqui no Brasil foi exibido às 03:30 da manhã.
A Inglaterra tinha uma seleção forte, dando destaque para Michael Owen, e o astro do time David Beckham. Logo no início da partida, em um erro da defesa brasileira, Owen não desperdiçou a chance e abriu o placar para os súditos da rainha, 1X0 Inglaterra. O Brasil empatou ainda no primeiro tempo com um belo gol de Rivaldo, dando um tapa cruzado de perna esquerda, no canto direito baixo do goleiro inglês, David Seaman.
No segundo tempo em cobrança de falta, meio sem querer, meio que aproveitando que o goleiro inglês estava adiantado, Ronaldinho Gaúcho mandou direto para o gol e pegou o goleiro Seaman desprevenido e virou o jogo para o Brasil, 2X1, mandando os ingleses de volta para casa, mesmo com 1 a menos, pois Ronaldinho Gaúcho fora expulso de campo.
Nas semifinais, o Brasil encarou a Turquia, adversário em sua estreia em Ulsan, no dia 3 de Junho, segunda feira, coincidência ou não, o Brasil quando foi tetra em 1994, enfrentou nas semifinais, em Pasadena na California, no Estádio Rose Bowl, a seleção da Suécia, adversária na fase de grupos, no dia 28 de Junho. Seria este um prenúncio de que o Penta poderia estar a caminho? O jogo contra a Turquia foi truncado, brigado, até que Ronaldo Fenômeno com um bico de perna direita, no canto esquerdo do goleiro Rüstü. Fim de jogo e o Brasil em uma final de Copa do Mundo pela 3ª vez consecutiva.
A Alemanha, por sua vez, encarou a surpreendente seleção sul-coreana que eliminou times favoritos, como a Itália nas Oitavas de Final e chegou bastante motivada no duelo contra os alemães. Apesar de uma partida bem disputada, se sobressaiu a tradição e a força da seleção alemã, que ao final, venceu a seleção da casa por 3X2, fazendo a final contra o Brasil. Detalhe: Brasil e Alemanha jamais tinham se enfrentado em uma Copa do Mundo, e desta vez, se encarariam logo na grande final.
30 de Junho de 2002, noite de domingo em Yokohama, no Japão, manhã de domingo no Brasil, final de Copa do Mundo, duas grandes seleções, que juntas, somam 7 conquistas de Copa do Mundo, Brasil (1958, 1962, 1970, 1994) e Alemanha (1954, 1974, 1990), em campo o único desejo naquele noite, o troféu Fifa, a taça do mundo, os dois países querendo mostrar ao mundo quem tinha o melhor futebol.
Estavam em campo dois grandes destaques da Copa, do lado alemão, o goleiro Oliver Kahn, a muralha, e do lado brasileiro Ronaldo Fenômeno, com corte de cabelo estilo Cascão da Turma da Mônica. O destaque ficou também para o árbitro italiano Pierluiggi Colina, que fazia naquela final de Copa sua despedida dos gramados. Momentos antes da bola rolar, um fato inusitado chamou a atenção de todos, o zagueiro brasileiro Edmilson se enrolando todo para vestir a camisa da seleção, tendo que tirar e por várias vezes, causando risos de todos, inclusive do árbitro.
Bola em jogo, manhã de domingo no Brasil, hora do almoço na Alemanha e noite no Japão, partida brigada, disputada cada metro, com chances de gol para os dois lados, quando tudo parecia caminhar para uma prorrogação com gol de ouro (Quem fizer o primeiro gol na prorrogação, ganha o jogo e a partida acaba naquele instante), Rivaldo bate de perna esquerda, Oliver Kahn falha, soltando a bola nos pés de Ronaldo, que não desperdiça e manda para o fundo da rede, 1X0 Brasil e Ronaldo iguala os 14 gols do alemão Gerd Müller, maior artilheiro da história das Copas.
O segundo gol veio em uma jogada pela direita com Kleberson, que cruzou para o meio, Rivaldo deixou passar, enquanto Ronaldo dominou com calma, ajeitou e bateu no canto esquerdo, sem chances para Oliver Kahn, 2×0 Brasil e fatura liquidada, além do gol decisivo, Ronaldo se tornava ali o maior artilheiro em Copas do Mundo com 15 gols. Dali em diante foi apenas administrar o resultado, aguardando o apito final do árbitro Pierluiggi Colina.
Fim de jogo, vitória do Brasil na final e o tão esperado pentacampeonato que não veio na França, veio enfim no Japão em 2002. Uma campanha impecável com 7 jogos e 7 vitórias. Na cerimônia de pódio, estavam presentes autoridades do esporte e o Rei Pelé, Cafu, o capitão do time receberia a taça do mundo, resolveu quebrar o protocolo subindo no pódio.
Com uma camisa escrito 100% Jardim Irene, em menção ao bairro da periferia da Zona Sul de São Paulo, distrito do Capão Redondo, onde nasceu e viveu, enche o peito e diz a plenos pulmões “Regina, eu te amo”! e ergue a taça para o mundo ver, que o Brasil tinha a melhor seleção do mundo, era o único pentacampeão mundial de futebol. Após o gesto de Cafu, a taça foi passando de mão em mão, de jogador em jogador, até chegar nas mãos do técnico Luiz Felipe Scolari, o Felipão.
No momento da volta olímpica, foi tocado na transmissão o tema da vitória, aquele que tanto marcou as vitórias de Ayrton Senna, e o título mundial veio em uma manhã de domingo no Japão como vinham as vitórias de Ayrton Senna e ao som desta música que mexe com todo brasileiro, o Brasil fazia a sua volta da vitória com o troféu FIFA, o troféu de campeão mundial. Festa brasileira em Yokohama e em todo o Brasil, enquanto o time alemão teve que esperar mais 12 anos, para conquistar o tetracampeonato mundial na Copa de 2014 aqui no Brasil, no Estádio do Maracanã.
Apesar da brilhante Copa do Mundo que fez, o escolhido como melhor da Copa foi o goleiro alemão Oliver Kahn, mas independente disto, vimos naquela Copa o renascimento de um grande jogador, um grande atleta, um jogador que era dado como acabado, encerrado para o futebol devido à seguidas e sérias contusões e cirurgias, como aconteceu com Ronaldo Fenômeno, e ele foi lá e mostrou que ainda tinha muito que acrescentar ao futebol, e assim o fez, tendo participação fundamental no pentacampeonato mundial da seleção brasileira na Copa de 2002.
Foi a 1ª vez que o Japão passou para as Oitavas de Final, a Coréia foi chegou a semifinal e ficou com o 4º lugar perdendo para Turquia no Brasill a dupla Ronaldo e Rivaldo lembrou Bebeto e Romário, Pelé com Garrincha e Jairzinho…
Essa seleção era pouca mídia e muito futebol. Acho que a Fifa só errou em não dar o melhor da copa para o Ronaldo. Deitou e rolou em cima dos adversários. Artilheiro e campeão
Pensei o mesmo quando li a matéria 😜
Grata surpresa, ler Marcelo Maranello, nosso Jornalista do Automobilismo, predileto, escrevendo sobre futebol, ficou mesmo muito bom, só faltou lembrar que este mesmo Ronaldo Fenômeno, depois desta copa, continuou trazendo muitas alegrias para o povo brasileiro, em especial para os torcedores do nosso Todo Poderoso Timão!
Mas acho que Maranello deve ser parmeirista, ferrarista e parmeirista (hehehehe).
Quando Ronaldo chegou ao timão muitos duvidaram da sua forma física, meu ex sogro corinthiano criticou a contratação do “barrigudo” no domingo em que o fenômeno fez um golaço de cobertura no Santos FC, estávamos saindo de um pesque pague e no rádio deu para imaginar o que o craque tinha feito, com o meu Santos.🥲
Grande seleção, acredito que a mesma só está abaixo da seleção de 70.
A de 1982 jogou mais bonito, mas faltou garra na final…
Ótima matéria!
Ótima Matéria
Ainda jovem passando por cima de tudo kk k k k
Estava começando a trabalhar e não era uma tarefa fácil acompanhar os jogos em horários de Brasília.
Uma seleção incrível – não teria como deixar de assistir!
Um super time!
Rivaldo foi fundamental neste título… Foi o Garrincha e Jairzinho com Pelé, o Bebeto com Romário…