Entendimento do mercado sobre investimento em tecnologia muda, e ferramentas B2B emergem
A lacuna entre a disrupção e a usabilidade deixada pelas tecnologias disruptivas como Metaverso e os NFTs foi uma das causas do inverno tech. O cenário de descredibilidade no setor com as bolhas decorrentes da chegada de tais novidades ao mercado esfriou também outras tecnologias emergentes, e deixou os investimentos no setor travados no período pós pandemia. Contudo, a tecnologia blockchain, por trás de criptoativos como NFT e que também está presente no metaverso, tem tido aceitação diferente por parte dos investidores. O motivo é o uso prático que startups têm oferecido à tecnologia, levando essas empresas a manter os investimentos aquecidos.
Na visão de Dan Stefanes, CEO da Blockchain One; Alan Kardec, COO da Blockchain One; e Jerffeson Teixeira de Souza, CTO da Blockchain One; foi o desmanche da onda de tecnologias emergentes que levou os atores do setor a repensarem em cada uma delas. Ou seja, o setor que atua com Blockchain iniciou a limpeza do campo e está oferecendo soluções maduras e acessíveis para adoção das empresas, olhando para o B2B.
É o caso da Docstone, API que conecta qualquer negócio a redes de blockchain, e que prevê que até 2024, 10 mil empresas estejam movimentando R$ 20 milhões na plataforma. A criação da ferramenta pela Blockchain One, empresa especializada na modelagem de negócios baseados em blockchain, teve como principal objetivo oferecer um uso prático para a tecnologia.
“Negócios que lidam com recursos naturais, gestores da administração pública, setor imobiliário, mercado financeiro, cartórios notariais, empresas de saúde e educação, entre outros, têm agora a chance de usar a transparência e segurança oferecidas pela blockchain”, explica Jerffeson Teixeira de Souza, CTO da Blockchain One. “A API permite a integração de sistemas e seus registros, gerenciamento e autenticação de arquivos e documentos em diferentes blockchains, o que torna arquivos e informações protegidos contra o tempo e contra adulterações”, garante.
“O uso de blockchain, que já revoluciona negócios no mundo inteiro, vai muito além das criptomoedas ou NFTs. Ela é hoje considerada uma tecnologia alternativa para diversos mercados por utilizar a descentralização, a imutabilidade e a rastreabilidade como recursos de garantia e transparência”, explica Jerffeson Teixeira de Souza, que também é Ph.D. em Ciência da Computação pela School of Information Technology and Engineering da Universidade de Ottawa, Canadá, além de professor e assessor de Inovação Tecnológica na Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Alan Kardec, que é mestre em administração com foco na tecnologia blockchain, certificado em Sustainable Development Goals pela University of Copenhagen e especialista em tokenização de ativos descentralizados, explica que, cada vez mais, mercados vão exigir lastros do que é comercializado dentro e fora do mercado nacional, por causa das exigências legais e das aplicações ESG. Um exemplo, segundo ele, é a lei anti-desmatamento da UE (União Europeia), que impede a entrada na região de produtos advindos de áreas desmatadas. “Essa medida vai demandar de exportadores brasileiros garantias de suas produções. Essa é, inclusive, uma das preocupações do agronegócio local. É nesse sentido que a tecnologia blockchain atua e por isso ela é tão urgente. Ela se comunica com as demandas mais urgentes da retomada econômica no Brasil e no exterior”, afirma.
Além da proteção legal, a API Docstone permite o registro e a autenticação de documentos com transparência e segurança, diminui a burocracia e aumenta a produtividade do negócio por gerenciar e automatizar processos de logística e armazenamento por meio de contratos inteligentes.
Embora de uso gratuito, para explorar ainda mais as funcionalidades Docstone são oferecidos planos de assinatura para gestão ilimitada de contratos e registro de documentos.
Fonte: Ela Comunica