Diagnóstico e tratamento de menopausa precoce pode garantir melhoria da qualidade de vida dos pacientes
Segundo dados da Associação Brasileira de Climatério, os casos de menopausa em mulheres abaixo dos 40 anos tem sido cada vez mais comum. Para a ginecologista Juçara Cezario, a observação desses sintomas e a busca por tratamento são essenciais para garantir uma boa saúde física e mental. “Mulheres abaixo dos 40 costumam não enxergar esses sintomas como sinais de menopausa, justamente, por serem precoces e isso afeta a qualidade de vida porque retarda o tratamento e pode causar problemas mais sérios”, explica.
Insônia, ansiedade, alterações de humor, cansaço, ondas de calor podem ser indicativos da chegada da menopausa. Acontecendo antes dos 40 anos, o fenômeno é classificado como “menopausa precoce” pelos profissionais de saúde. “Trinta e cinco anos é quando a gente já começa a ter dificuldade na produção de colágeno, a estrutura óssea começa a sofrer alterações, é como se o seu corpo começasse a falar com você e é preciso ouvi-lo”, explica Juçara.
Outros sinais de que a menopausa chegou mais cedo são as ondas de calor intenso, principalmente, nas regiões da face e pescoço, tornando essencial a busca por um profissional especializado.
“Busque orientação profissional sobre alimentação e se há necessidade de reposição hormonal. Os sintomas também podem ser resultado de outras coisas como, lesões no ovário ou até doenças autoimunes como lúpus ou causa genética ”, ressalta.
Aos 40 anos, a analista comercial, Vanessa Oliveira, percebeu que algo no seu corpo dava sinais de não estava bem. “Eu comecei a sentir os efeitos desses calores e imediatamente percebi que embora ainda fosse cedo, meu corpo estava mudando”, descreve a moradora do Rio de Janeiro. Com o diagnóstico de pré-menopausa, passou a promover mudanças no seu dia a dia. “Eu busquei uma dieta equilibrada, evitando carboidrato e doces e aumentei o consumo de água e frutas”, conta Vanessa, hoje com 46 anos.
A menopausa ocorre com o fim da fase reprodutiva da mulher, o que leva a uma queda hormonal. Esse período costuma ser marcado por sinais como, mudança drástica de humor, suor em excesso, ganho de peso, perda de cabelo, ressecamento vaginal, perda da libido, alterações do sono, entre outros.
“Observe como anda cada um desses aspectos da sua vida, porque não é simples lidar com tudo isso ao mesmo tempo, principalmente, a questão da sexualidade”, sugere a ginecologista Juçara.
No entendimento da ginecologista, que há 25 anos acompanha o drama das pacientes, o importante é entender que essa fase vai chegar e é preciso investir em novos hábitos como, exercícios físicos, buscar atividades de lazer e alimentação saudável. “O profissional não vai mudar a vida dessa mulher, mas, servir de ponte para que ela possa acessar essa nova fase com qualidade de vida”, aponta a ginecologista Juçara Cezario.
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Fonte: Jorge Silva