Evento destaca a relevância do orixá por meio de discursos e de apresentações; atividade contou com 280 participantes
Nessa quarta-feira (07), Diadema realizou a 16ª edição do Águas de Iemanjá –”Senhora das águas, união da humanidade”. Evento contou com a participação de 280 pessoas e foi realizado pela Prefeitura, por meio da secretaria de Cultura, Museu de Arte Popular (MAP), Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, em parceria com Federação de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiros de Diadema (Fucabrad) e Centro de Referência das Culturas dos Povos Tradicionais e Matrizes Africanas Pai Francelino de Shapanan.
Segundo a coordenadora da Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR), Márcia Damasceno, a comemoração foi planejada para educar a população sobre os ensinamentos de matriz africana. “Seja você evangélico, católico, umbandista ou candomblecista participando deste evento da Água de Iemanjá, aprendemos a respeitar nas diferenças culturais.”, alegou.
A coordenadora ainda explicou que Iemanjá representa mais que uma entidade religiosa: é a simbologia do Brasil e da vida. “Ela ensina que temos que proteger o nosso povo, a nossa cultura diversa e as riquezas que a natureza nos oferece”, afirma Márcia. “As águas brasileiras são sagradas e não podemos perdê-la. É um elemento essencial à nossa vida”, completou Damasceno.
A vice-prefeita Patty Ferreira apontou a importância de cultuar Iemanjá independentemente da religião. “Celebrar esse orixá está além da religiosidade. Faz parte da nossa cultura, da nossa ancestralidade e da nossa história para que a população cresça sem preconceitos.”
O secretário de Cultura, Camilo Vannuchi, mostrou empolgação para continuar realizando outras edições dessa celebração. “Essa festa me inspirou e me deixou curioso para continuar trazendo essa energia pulsante que todos aqui emanaram”.
Mais informações sobre a programação em https://portal.diadema.sp.gov.br/16a-aguas-de-iemanja-celebra-cultura-afrodescendente/.
EXPOSIÇÕES
Espaço Cândido Portinari
Visitação até: 1 de março de 2024
Exposição: Yemanjá, Mar de União
William Teodoro e Amra
William Teodoro e Amra se uniram para nos brindar com uma envolvente exposição em homenagem a Iemanjá, símbolo incontestável de união para a humanidade. A exposição conta com obras produzidas em conjunto e peças individuais especialmente produzidas a 16ª Festa de Águas de Iemanjá.
William Teodoro é Artista Visual, Arte Educador e Multiartista. Formado em Artes Visuais e design de interiores é representante de Artes Cênicas no Conselheiro de Cultura de Diadema e integrante de movimentos de promoção da igualdade racial.
Amra é multiartista preto e periférico da região de Diadema, busca entender e expressar formas humanas no seu cotidiano inconsciente da realidade, materializando sua arte no muralismo, escultura, pintura em tela e pirografia.
MAP – Museu de Arte Popular
Visitação até: 1 de março de 2024
Exposição: Yemanjá, Obras do Acervo
Por meio de pinturas e objetos tridimensionais do acervo do MAP que representam Iemanjá e orixás que a cercam, a exposição é um tributo à Senhora das Águas, uma celebração da união que ela representa entre a humanidade e os elementos primordiais.
24 de fevereiro, a partir das 14 horas
Centro de Referência das Culturas dos Povos Tradicionais e Matrizes Africanas Pai Francelino de Shapanan
Rua Marcos Azevedo, 240 – Vila Nogueira
Acolhimento
Exposição: Orixás e o Sagrado
Geni Santos
Na exposição ‘Orixás e o Sagrado’ Geni Santos explora o sincretismo nascido durante a escravidão, onde cada orixá se entrelaça com um santo católico. Sob a imposição do catolicismo aos negros, essa roupagem tornou-se a estratégia para preservar a vitalidade de seus deuses originais, revelando a complexidade e resistência espiritual dessas tradições.
A artista se destaca por suas expressivas esculturas de orixás. Sua arte não apenas reflete sobre as religiões de matriz africana, explorando a riqueza visual das manifestações religiosas e o sincretismo como elementos essenciais de sobrevivência, mas também nos convida à reflexão sobre as mudanças e preservação dessas expressões culturais.
Visitação até 30 de abril de 2024
Explanação e Louvação a Iemanjá na Nação Queto
Ilê Axé Nochê Abê Manjá Orubarana
Bàbálorisá Nelson de Ty Yemanjá
Carimbó
Grupo Cavaleiros de Doçu, Direção Cecília Mani
O Grupo Cavaleiros de Doçu, sob a direção de Cecilia Mani, apresentará o Carimbó, um ritmo de dança indígena que se miscigenou ao receber influências, principalmente da cultura negra, e que ressurge nas últimas décadas como música regional e associada às festividades religiosas.