Plataforma foi desenvolvida em curso de iniciação científica; estudantes visitaram gabinete do prefeito

Estudantes da ETEC (Escola Técnica Estadual) de Ribeirão Pires e que são moradores da Estância desenvolveram software que pode auxiliar pessoas que sofram de algum tipo de paralisia, como a esclerose lateral amiotrófica, a se comunicar por meio de frases escritas com o piscar dos olhos.

O desenvolvimento do programa surgiu por meio de iniciação científica realizada pelos estudantes Laura Esther, Raíssa Bespalec e Pedro Nicolas Costa, enquanto ambos os alunos cursavam o ensino médio da ETEC no município. Nesta semana, os três visitaram o gabinete do prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi, para conversar com o chefe do Executivo.

“Participar de um projeto desse, de uma iniciação científica com essa importância é muito bom. Conseguimos desenvolver um software que pode auxiliar pessoas com deficiências a se comunicar com o piscar dos olhos, criando frases e conseguindo se expressar de maneira mais ampla e correta”, declarou Laura Esther,

Após muita pesquisa, o grupo de estudantes desenvolveu plataforma que, ao ser instalado no computador do usuário, dá acesso a um teclado virtual em que a pessoa com alguma deficiência mais séria pode escrever frases com o piscar dos olhos. Para isso, o indivíduo corre a vista pelo teclado, para o olho na letra que quer registrar e pisca por dois segundos. Procedendo dessa forma, estas pessoas poderão escrever a frase que quiser.

“É fantástico que os estudantes daqui de Ribeirão Pires, que frequentavam a ETEC aqui da cidade, tenham realizado algo tão importante, que é a criação deste software. Quantas pessoas poderão utilizar esse programa para estabelecer uma melhor comunicação com seus familiares e amigos? Isso é extraordinário. Parabéns aos estudantes”, declarou o prefeito Guto Volpi.

Uma das ideias dos estudantes é a de seguir com as pesquisas e tentar estabelecer processos que o programa possa ser distribuído de forma gratuita a quem realmente precisa. Laura, Raíssa e Pedro sabem que há outras plataformas que atuam do mesmo jeito, mas são muito caros, impedindo seu acesso.

“Queremos quebrar esta barreira. Queremos seguir atualizando o programa para que um dia consigamos realizar a distribuição dele de maneira completamente gratuita. Esse será o nosso foco”, declarou Pedro.

Hoje, os três seguem em cursos de faculdade que têm ligação com o trabalho que desenvolveram. Raissa e Laura são amigas de classe no curso de Engenharia da Computação, enquanto Pedro segue no curso de Ciências da Computação. O objetivo dos três estudantes de Ribeirão Pires é manter contato e sempre buscar novas tecnologias para o desenvolvimento humano.

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