Inspeções semanais integram o Programa de Qualidade do Ar e dados são de janeiro até 15 de março

Combater a poluição atmosférica com o foco em garantir mais qualidade de vida e saúde à população é o objetivo do ProAr (Programa de Qualidade do Ar), conduzido pela Fiscalização Ambiental do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e que de janeiro à primeira quinzena de março deste ano já atuou 156 veículos pesados, movidos a diesel, por emissão de poluentes acima dos parâmetros permitidos por lei.

As ações semanais foram retomadas no final do ano passado, intensificadas a partir de janeiro deste ano e ocorrem com apoio da Guarda Civil Municipal, Polícia Ambiental e Polícia Militar nos principais corredores de tráfego do município.

Até o momento, foram realizadas 24 operações, com 426 veículos vistoriados. Destes, 156 – equivalente a 36% – foram reprovados e autuados pelos agentes da autarquia. Cada infração tem o valor de 500 FMPs (Fator Monetário Padrão) e, além da multa, o condutor é orientado a realizar a manutenção do veículo, sob o risco de ser autuado novamente em outra blitz.

Os agentes do Semasa utilizam o opacímetro, aparelho eletrônico que mede a opacidade de fumaça emitida pelo escapamento dos veículos. O equipamento permite maior precisão na aferição da fumaça preta e imprime o relatório no ato da medição. Quando dentro dos padrões, o condutor recebe um selo de aprovação do programa.

Anualmente, a autarquia também realiza a aferição de toda a frota pública de Santo André, o que incluiu os ônibus municipais da SATrans e veículos pesados utilizados pelas diversas áreas da prefeitura e administração indireta. Em 2023, foram 815 aferições, sendo que 712 foram aprovados e 103 reprovados.

Riscos à saúde – Os grandes centros urbanos concentram enorme fluxo de veículos, sendo que a poluição é um problema frequente nestes locais. Os dias mais secos tornam a qualidade do ar ainda pior.

A fumaça preta, especificamente, é lançada por veículos movidos a diesel e tem reflexos diretos na saúde humana, contribuindo para o agravamento de doenças respiratórias e outros quadros crônicos. Em 2012, por exemplo, a Organização Mundial da Saúde (agência ligada à ONU – Organização das Nações Unidas), divulgou estudo que comprova a ligação do fator cancerígeno da fumaça preta emitida pelos motores a diesel.

O material particulado emitido em forma de poluição atmosférica também afeta a flora e o meio ambiente em geral, uma vez que a deposição destas substâncias degrada materiais e bloqueia a fotossíntese das plantas. Além disso, em áreas pouco vegetadas, o quadro de poluição é mais grave ainda, já que a vegetação mantém o equilíbrio térmico e maior umidade.

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