Não foi só o acordo entre a União Europeia e o Mercosul que continuou parado mesmo com a visita do presidente Emmanuel Macron ao Brasil, o setor nuclear brasileiro também ficou desapontado com os franceses.
De acordo com a revista Veja, Macron frustrou a Frente Parlamentar Nuclear ao não encaminhar as tratativas de um empréstimo de € 3 bilhões (R$ 16,2 bilhões) da França para desenvolver as usinas de Angra 1 e Angra 3.
O crédito remuneraria as empresas francesas que trabalham com a Eletronuclear, segundo a mídia.
“Não está andando tão bem quanto a gente gostaria, mas também não está parado. O acordo dos serviços geológicos é o início para que a securitização do urânio seja feita”, afirmou o presidente da Frente Nuclear, Julio Lopes.
Além de Macron não ter dado gás às negociações, o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, não veio em sua comitiva como esperado, o que enfraqueceu o processo.
Em vez do contrato específico sobre a implementação de recursos nas usinas brasileiras, os franceses firmaram um acordo para verificar a possibilidade de exploração de urânio em um Memorando de Entendimento entre o Serviço Geológico Brasileiro (SGB) e o Serviço Geológico Francês (BRGM).
A ideia de Lopes é securitizar o empréstimo com parte da reserva de urânio do Brasil, segundo informações da Sputnik Brasil.
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