Trabalho acadêmico tem como foco a gestão de um serviço público do Sistema Único de Saúde
Três estudantes da Faculdade de Saúde Pública da Universidade São Paulo (USP) iniciaram período de vivência no Ambulatório DiaTrans de Diadema para a elaboração de trabalho semestral com foco nos procedimentos de gestão dos serviços ali prestados.
Os estudantes estão no 3º ano de graduação. “Escolhemos o ambulatório trans porque a prestação de serviços públicos específicos para a população LGBT é um tema novo e diferente dos outros que foram oferecidos”, disse Gustavo Tomé Nogueira.
O Ambulatório DiaTrans foi criado há um ano e meio e já é referência estadual no atendimento às pessoas trans e travestis. Os serviços incluem acolhimento médico ambulatorial e pré e pós-operatório, acolhimento em enfermagem, psicologia, psiquiatria e serviço social, tratamento clínico no processo transexualizador e hormonioterapia, além de espaço para fala, escuta e acolhimento.
A vivência consiste em conversas com os mais diferentes profissionais para entender o que eles fazem, como fazem, e quais os mecanismos adotados para que os objetivos sejam alcançados. Na visita de terça-feira (6) eles entrevistaram Elói Brito, da área de psicologia do ambulatório, e depois participaram de uma roda de conversa do grupo psico educativo para homens trans.
Elói comentou que a roda de conversa aborda temas específicos para ajudar as pessoas trans, muitos deles sugeridos pelos participantes. “Debatemos, por exemplo, o que é ser homem trans numa sociedade machista”, explicou.
Ravena da Silva Costa, a outra estudante, disse que eles vão conhecer um pouco de tudo. “A cada semana vamos passar com profissionais diferentes para entender as diversas áreas do ambulatório”.
A vivência consta de oito visitas. Sara Mendes comentou que um dos motivos de eles escolherem o Ambulatório DiaTrans foi o fato dele ser um serviço público do Sistema Único de Saúde. “Estamos vendo na prática como é a realidade do SUS”, resumiu.