Empresários vêm segurando custos para manter as portas abertas, segundo o Sehal

Comer em restaurantes está mais barato para os consumidores do que fazer as refeições em casa. Para não perder a clientela e manter os clientes, os estabelecimentos do setor têm segurado os preços e absorvido perdas. Isso é o que aponta recente estudo da Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo), que tem Beto Moreira como vice-presidente, além de presidente do Sehal, único representante do setor de gastronomia e hotelaria no ABC.

Segundo o Núcleo de Pesquisa da Fhoresp, os estabelecimentos arcam com 14,4% dos custos para manter preços, o que faz a alimentação fora do lar pesar menos no bolso do consumidor.

O recente levantamento indica que a inflação acumulada no segmento Alimentação Fora do Lar ficou em 24,7%. Já para quem opta por se alimentar em casa, o percentual alcançou 39,1%.

O cenário também reflete a situação do setor na Região, segundo o diretor financeiro do Sehal, Cesar Ricardo dos Santos Ferreira, dono do Restaurante Canoa Quebrada, em Ribeirão Pires.

“Depois da pandemia, o empresário que conseguiu ficar de portas abertas adotou, como prática habitual, a diminuição de custos, negociação com fornecedores e redução da folha de pagamento. Isso teve que ser feito para se manter no mercado. O que vem nos ajudando, no entanto, é que o faturamento vem subindo porque aumentou o movimento do fluxo de pessoas, mas como a nossa margem de lucro está mais reduzida, o nível de crescimento ainda não alcançou níveis desejáveis”, explicou

O presidente do Sehal, Beto Moreira, reforça que esse quadro ocorre pós-pandemia. “Os empresários foram obrigados a segurar os repasses em função da crise sanitária. Isso vem demonstrando o claro esforço do setor para absorver aumento nos custos dos alimentos, sem contar os que tiveram que recorrer a financiamentos para se manter no mercado. E apesar de ter passado todo esse tempo, muitos ainda estão endividados”, concluiu.

Sobre o Sehal

Fundado em 12 de julho de 1943, o sindicato é uma entidade sem fins lucrativos e tem como objetivo apoiar os empresários reciclando conhecimento em várias áreas. É também considerado um dos sindicatos patronais mais atuantes do Brasil em razão das diversas conquistas e expansão no número de associados.

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