Palestras também fazem menção ao Dia Nacional de Denúncia do Racismo, 13 de Maio; termo foi escolhido por alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e da Educação Popular

“É uma chance de refletir sobre as raízes das desigualdades raciais e a permanência do racismo, que assombra a sociedade brasileira”, explica Weber Lopes Góes, historiador, doutor em Ciências Humanas e Sociais (UFABC) e palestrante do evento “Abolifake”, que acontecerá em Diadema, a partir do dia 21 de maio, em diferentes centros culturais do município.

As atividades começam dia 21 de maio, às 14h, no Centro Cultural Heleny Guariba, no Jardim Ruyce. Em seguida, no dia 22, no Centro Cultural Vladimir Herzog e Biblioteca Paineiras, às 19h30. As palestras prosseguem no dia 25, dessa vez, no Teatro Clara Nunes, às 10h, no Centro, e terminam no dia 28, no Centro Cultural Eldorado, às 19h30.

Marcia Damaceno, da Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR), pontua que o termo “Abolifake” nasceu em 2022, durante um debate com estudantes  da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e da Educação Popular sobre o Dia Nacional de Denúncia do Racismo, celebrado em 13 de Maio.

“Se fala muito em fake news, mas é preciso entender que a divulgação de notícias falsas vem sendo utilizada desde o período colonial para encobrir as injustiças sociais cometidas contra a população negra”, afirma. “O sistema da escravidão acabou, porém foi institucionalizado na sociedade e nas instituições, como no mercado de trabalho, judiciário, legislativo e nos postos de posição de poder ainda persiste”.

As consequências do racismo e da discriminação racial são observadas nos dias atuais destaca Márcia, destaca Márcia. “Crianças negras sofrendo com a falta de atenção das escolas; jovens negros sendo cada vez mais assassinados; homens negros ganhando menos e, quando desempregados, sendo os mais vulneráveis; mulheres negras sofrendo mais com diversas formas de violência a falta de valorização de sua estética”, complementa a coordenadora.

O historiador e mediador do evento, Weber Lopes, explica que o evento pretende discutir com a população sobre o que foi o verdadeiro movimento da abolição. “Não foi obra da Princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea e tudo se acabou. Foi fruto de anos de lutas protagonizadas pelos africanos escravizados, além de organizações abolicionistas radicais, a exemplo de Luís Gama, que lutou em favor da abolição”, finaliza Lopes.

Serviço

Abolifake

21/05 – Terça-feira, às 14h.

Centro Cultural Heleny Guariba

Rua Barão de Uruguaiana, 87 – Jardim Ruyce

 

22/05, Quarta-feira, às 19h30

Centro Cultural Vladimir Herzog e Biblioteca Paineiras

R. Eduardo de Matos, 159 – Campanário

 

25/05 – Sábado, às 10h

Teatro Clara Nunes

Rua Graciosa, 300 – Centro

 

28/05 – Terça- feira, às 19h30

Centro Cultural Eldorado

Av. Frei Ambrósio de Oliveira Luz, 41 – Eldorado

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