Nos últimos dias, foi divulgada a 7ª edição da Pesquisa Raio X do investidor brasileiro que apresenta um panorama geral do comportamento da população brasileira a respeito de poupar e investir, conforme pesquisa pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O estudo revelou que 37% da população brasileira investe. Os investidores e as investidoras vivem, em sua maioria, na região Sudeste do país (52%), seguidos pelo Nordeste (20%), Sul (15%), Centro-Oeste (7%) e Norte (6%). 

A caderneta de poupança continua sendo referência no quesito investimento pessoal. É o produto mais citado espontaneamente pela população, com índice de 22% (2023). O segundo lugar fica para as ações na bolsa de valores, com 11%. Em seguida, estão os títulos privados e os fundos de investimento, que alcançaram 10% cada. A previdência privada e as moedas estrangeiras ficam no fim da lista, com 2% e 1% de menções, respectivamente. Já os aplicativos de apostas, popularizados como bets, têm ganhado cada vez mais espaço no Brasil. Só em 2023, cerca de 22 milhões de pessoas (14% da população) dizem ter feito pelo menos uma aposta do tipo. O índice supera os percentuais de utilização da maioria dos produtos de investimento, como vimos nesta mesma pesquisa.

Segundo a especialista em finanças pessoais, Carol Stange, a pesquisa da Anbima revelou o “jogo do tigrinho”, que supera em sete vezes o volume da Bolsa de Valores brasileira, acende um alerta vermelho. Essa estatística alarmante evidencia a confusão generalizada entre apostas e investimentos, duas atividades com naturezas e objetivos distintos.

Stange destaca que investir significa aplicar recursos em ativos com o propósito de gerar renda a longo prazo e multiplicar o patrimônio de forma sustentável. Já apostar se refere a arriscar capital em jogos de azar na busca por um ganho rápido e incerto, muitas vezes resultando na perda total ou parcial do valor investido. “ A falta de educação financeira é um dos principais fatores que contribuem para a falsa percepção de apostas como investimento. É fundamental que as pessoas compreendam os riscos e incertezas inerentes às apostas, enquanto os investimentos, quando realizados de forma consciente e embasada em conhecimento, oferecem maior previsibilidade e potencial de retorno.

INVESTIMENTOS

Diversas instituições, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Bolsa de Valores Brasileira (B3), oferecem conteúdos educativos gratuitos para auxiliar na tomada de decisões conscientes. Stange relata que o mercado financeiro oferece diversas opções de investimentos tradicionais, como ações, fundos de investimento e renda fixa. Cada modalidade possui características e riscos específicos, e a escolha ideal depende dos objetivos, perfil de risco e horizonte de investimento de cada indivíduo 

Através da diversificação e do acompanhamento profissional, é possível construir um portfólio de investimentos sólido e resiliente, capaz de gerar renda passiva e multiplicar o patrimônio ao longo do tempo. Essa estratégia, baseada em princípios sólidos de educação financeira, é a chave para alcançar a segurança e a estabilidade financeira desejadas.

APOSTAS (endividamento e perda de patrimônio)

A especialistas em finanças pessoais alerta que, ao contrário dos investimentos, as apostas não oferecem nenhuma garantia de retorno. As chances de sucesso são extremamente baixas, e a perda total do capital investido é um risco real e frequente. “Além do prejuízo financeiro imediato, as apostas podem levar ao vício, à compulsão e a graves problemas psicológicos e sociais. Indivíduos endividados por causa de apostas frequentemente enfrentam dificuldades em arcar com outras obrigações financeiras, comprometendo o bem-estar familiar e a qualidade de vida”

Ela faz um alerta e relata que é preciso alertar ainda mais a população sobre os perigos das apostas e os benefícios dos investimentos tradicionais. Crédito da imagem: Banco de imagens unplash

SOBRE CAROL STANGE Carol Stange é educadora financeira, especialista em investimentos pela Anbima, Analista Técnica de Investimentos CNPI-T e Consultora CVM, Carol Stange já prestou auxílio, consultoria e ministrou cursos (presencial e online) para mais de 1,5 mil pessoas. É co-fundadora do Educadores Financeiros e também multiplicadora do programa de educação financeira “Eu e meu dinheiro” do Banco Central. Carol Stange é idealizadora e criadora da marca “Como enriquecer seu Filho”, com a produção de conteúdo voltado para pais que desejam educar seus filhos através de conceitos práticos de educação financeira.

 

 

Fonte: AKS PRESS 

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