Longa-metragem protagonizado por Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares transita entre a ficção e o documentário, celebrando a amizade e a existência de vidas LGBTQIAP+ num retrato afetuoso da família que se escolhe em meio a desafios e sonhos; estreia acontece dia 20 de junho, pela Sessão Vitrine Petrobras

Dirigido por Ricardo Alves Jr., TUDO O QUE VOCÊ PODIA SER é um filme que narra a vida de quatro protagonistas LGBTQIAP+, explorando suas jornadas pessoais e as diversas possibilidades que lutam para alcançar. A trama de Germano Melo celebra a diversidade, a aceitação e a autodescoberta, destacando os desafios e as conquistas dessas personagens em busca de tudo o que podem ser. Aisha, Bramma, Igui e Willa são amigas esperançosas e empoderadas e provam que, apesar das adversidades, a vida está repleta de oportunidades para quem se permite viver autenticamente.

Aisha, interpretada por Aisha Brunno (ela)

Às vezes eu penso nisso, mas é muita correria. Não dá pra parar agora.

Com toda a sua trajetória de vida ambientada em Belo Horizonte, Aisha está prestes a realizar o seu grande sonho: ingressar na universidade para estudar Ciências Sociais. No entanto, a mudança para São Paulo traz apreensões sobre os desafios que a aguardam, inclusive sobre ocupar um novo espaço sem contar com a presença de suas amigas.

Bramma, interpretada por Bramma Bremmer (ela/elu)

A gente vai vendo que as coisas se renovam, continuam.

A terapia tem contribuído para Bramma se fortalecer diante das revezes. Pessoa vivendo com HIV e flagrada em situações em que é alvo de preconceitos, ela também não vê em sua mãe o porto seguro que precisa. Adversidades que enfrenta com a cabeça erguida e com determinação por dias melhores.

Igui, interpretada por Igui Leal (ela/elu)

Viemos juntas, voltamos juntas!

Independente e alto astral, Igui sempre abre a sua casa (e o seu coração) como um abrigo para confraternizar com as suas amigas Aisha, Bramma e Willa. O reencontro é também a deixa para anunciar um grande salto: a estadia em Berlim para desenvolver um projeto de doutorado aprovado.

Willa, interpretada por Will Soares (ela/ele/elu)

Mês que vem tá aí chegando, você tá indo embora. Tenho que ver o que vou arrumar.

Willa está em uma situação com impasses financeiros. Com vocações artísticas, estuda como aplacar a redução da demanda de trabalhos ao mesmo tempo em que deseja ajudar a sua mãe a reformar a casa. A partida de Aisha, a sua colega de casa, dificulta esse processo.

No longa, que estreia no dia o público acompanha o último dia de Aisha em Belo Horizonte, uma despedida que se desenrola na companhia de suas melhores amigas: Bramma, Igui e Will. Através das interações cotidianas entre as personagens, o filme oferece um retrato afetuoso da família que escolhemos construir por meio do valor da amizade, mesclando elementos ficcionais e documentais em seu roteiro, aproximando o público de forma sensível e intimista às histórias de cada personagem.

Temas como comunidade, HIV, afeto e sexualidade estão entre os assuntos abordados nas cenas. Alguns diálogos foram improvisados no set, partindo de indicações da direção e do roteirista Germano Melo. A partir das experiências vividas por essas quatro amigas, o filme tece um retrato particular da cidade de Belo Horizonte, com cenas gravadas em diferentes bairros e regiões da cidade, como Aglomerado da Serra, Bonfim, Centro, Lagoinha, Santa Cruz e Santa Tereza, construindo diferentes imagens desse espaço urbano.

Segundo o diretor Ricardo Alves Jr., TUDO O QUE VOCÊ PODIA SER é muito mais do que apenas um filme, é um manifesto sobre o cuidado, a amizade e o pertencimento. O filme surge em um contexto especial, que se sobrepõe aos desafios sociais e pessoais vividos no Brasil nos últimos anos. O cineasta explora temáticas relacionadas com a sobrevivência à intolerância e afirmação das subjetividades em um ambiente onde a comunidade LGBTQIAP+ ainda enfrenta uma dura realidade. O trabalho é uma ode à resiliência, à capacidade de enfrentar a adversidade e florescer em um ambiente que muitas vezes é hostil.

Sinopse
Aisha está de partida e atravessa um dia especial na companhia das melhores amigas, Igui, Bramma e Willa. Entre risos e lágrimas, confissões e encontros afetuosos, é hora de celebrar até o limite, quando o nascer do sol se irradia sobre a beleza tocante e sincera dessa amizade. Borrando os limites entre o real e o ficcional, TUDO O QUE VOCÊ PODIA SER é um retrato autêntico da mais plena liberdade queer. Pelo olhar das personagens, viajamos pela experiência sensível, brilhante, de corpos dissidentes que nos tocam pelo reconhecimento do que nos torna melhores, humanos: o amor, os laços de amizade, a alegria de ser o que se é.Ficha técnica
Direção: Ricardo Alves Jr.
Roteiro: Germano Melo
Elenco: Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares
Participações especiais: Docy Moreira, Renata Rocha e Sitaram Custódio
Direção de fotografia: Ciro Thielmann
Produção: Julia Alves
Direção de produção: Nina Bittencourt
Direção de arte: Luiza Palhares
Figurino: Luiza Palhares e Luiz Dias
Montagem: Lorena Ortiz
Som direto: Fabricio Lins
Trilha sonora: Barulhista
Canção-tema: Coral

Sobre o diretor Ricardo Alves Jr.

Ricardo Alves Jr. é diretor de cinema e teatro. É fundador da produtora EntreFilmes. Seus trabalhos se caracterizam pela hibridez de linguagens em busca de construções de atmosferas e universos particulares. Seus filmes foram exibidos em diversos festivais internacionais (Berlinale Short, Semana da Crítica do Festival de Cannes, Locarno, Roterdã, Oberhausen, Havana). “Elon Não Acredita na Morte” é seu primeiro longa-metragem e teve estreia nacional no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Sua estreia internacional aconteceu no Macao Film Festival & Awards, na China, sucedida da estreia europeia no Festival de Rotterdam, em 2017. A estreia ibero-americana aconteceu no Festival de Cartagena, na Colômbia. O filme também foi exibido no IndieLisboa, em Portugal; no FICUNAM, no México; e no BAFICI, em Buenos Aires. Em abril de 2017, estreou comercialmente nas salas de cinema brasileiras, distribuído pela Vitrine Filmes e, em abril de 2019, o filme entrou no catálogo da Netflix. Em 2022, lançou o documentário “Quem Tem Medo?”, co-dirigido com Dellani Lima e Henrique Zanoni, que foi exibido nos festivais: Tudo é Verdade, DocLisboa e DocMéxico. No teatro, dirigiu diversos espetáculos, entre eles “Cine Splendid”, projeto contemplado pelo fundo Iberescena, sendo apresentado no festival MIRADA, e “Eclipse Solar”, do Grupo Quartatela, apresentado no FIT-BH. Seu último trabalho no teatro é o espetáculo “Tragédia” com o grupo QuatrolosCinco, indicado ao 6º Prêmio Copasa/Sinparc de Artes Cênicas: Melhor espetáculo, texto, ator e atriz, que realizou temporada no Sesc Vila Mariana em São Paulo e foi selecionado para mostra oficial do Festival de Teatro de Curitiba 2023.

Sobre a Vitrine Filmes

Desde 2010, a Vitrine Filmes já distribuiu mais de 250 filmes e alcançou milhares de espectadores apenas nos cinemas do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019; O Processo, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e Druk: Mais Uma Rodada, de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.

 

Em 2020, a Vitrine Filmes iniciou um novo ciclo de expansão e renovação. Entre as iniciativas, está o lançamento da Vitrine España, que produz e distribui longas-metragens na Europa e o Vitrine Lab, curso online sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021. A criação, em 2022, do selo Manequim, focado na distribuição de filmes com apelo a um público mais amplo e, finalmente, a Vitrine Produções, braço estratégico para o desenvolvimento, produção e coprodução de títulos próprios. Neste sentido, o primeiro lançamento da casa foi o documentário Amigo Secreto (DocLisboa 2022), de Maria Augusta Ramos, e atualmente já conta com cinco projetos realizados e oito em desenvolvimento.

 

A Vitrine Filmes fechou o ano de 2023 com ótimos indicadores de retomada, alcançando os melhores resultados desde a pandemia. Entre as estreias do ano, estão filmes como Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria, lançado pelo selo Manequim Filmes e que obteve a maior bilheteria entre os filmes nacionais do ano, com mais de 515.000 espectadores. Também figuram no catálogo anual a animação Perlimps, de Alê Abreu, o vencedor do Festival de Gramado, Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, e a indicação brasileira para o Oscar, Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, que acumula mais de 80.000 espectadores em salas de cinema e é mais uma coprodução Vitrine Filmes. Mais de 20 filmes foram lançados pelo grupo no ano de 2023.

Sobre o Patrocínio | PETROBRAS

A Petrobras é uma empresa que tem como parte de sua história o apoio contínuo à Cultura, iniciado há mais de 40 anos. O Programa Petrobras Cultural contribui ativamente para o desenvolvimento do setor, por meio de seleções públicas e projetos convidados, mantendo presença e diálogo com a sociedade. Nessa trajetória, a retomada da parceria com o projeto Sessão Vitrine Petrobras marca uma nova fase do Programa, de apoio a grandes projetos. Além da Sessão Vitrine, a empresa está também presente no segmento audiovisual em projetos como a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, na Mostra de Cinema de Gostoso no Rio Grande do Norte e no Festival de Cinema de Vitória. Em fevereiro foi lançado o Programa Petrobras Cultural – Novos Eixos, tornando o Programa mais robusto e atualizado quanto às dinâmicas do setor e de nossa sociedade.


Sobre a SESSÃO VITRINE PETROBRAS

A Sessão Vitrine é um projeto inovador de distribuição coletiva de filmes brasileiros. Com um lançamento mensal, seu principal objetivo é a formação de público, promovendo a democratização do cinema nacional. Com ingressos a preços reduzidos, a Sessão Vitrine já alcançou 250 mil espectadores nos cinemas e conquistou diversos prêmios no Brasil. Possui uma rede de cinemas parceiros com mais de 20 cidades em, pelo menos, 15 estados e, através das plataformas digitais. A curadoria da Sessão Vitrine Petrobras é feita pela criadora do projeto e da Vitrine Filmes, Silvia Cruz, em parceria com a curadora Talita Arruda e Débora Butruce, esta responsável pelos filmes de patrimônio. A proposta curatorial do projeto é feita priorizando filmes brasileiros e coproduções internacionais que despertem interesse no público, seja pela inovação do seu processo criativo, pelo seu viés autoral ou pela sua qualidade e originalidade ao se posicionar propositadamente diante de aspectos da nossa cultura. A escolha dos filmes visa também abraçar temáticas, gêneros e propostas estéticas diferentes e produções de diversos estados brasileiros, proporcionando uma programação diversificada para o público em geral. Segundo Silvia Cruz, “depois de seis anos, a Petrobras volta a adotar a Sessão Vitrine. Isso representa a retomada do olhar das políticas públicas para a cultura brasileira. É um indício de um novo capítulo do cinema brasileiro representado pela Sessão Vitrine, um catalisador da diversidade formal e temática do cinema feito no Brasil”.

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