O “jejum intermitente” ganhou fama entre as pessoas que buscam pelo emagrecimento rápido. O método funciona intercalando períodos a partir de 12 horas de jejum com a alimentação. Mas, o que pouco se fala é que essa prática não funciona para todo tipo de metabolismo e perfil. A Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela USP e metabologista, autora de um protocolo de emagrecimento exclusivo em sua clínica, ressalta que não há milagres quando o assunto é perda de peso de maneira saudável.

“Assim como todo tipo de dieta, o jejum intermitente pode representar riscos. A prática não é recomendada para todas as pessoas. A estratégia alimentar alternando períodos sem comer com a alimentação pode não favorecer aqueles que possuem compulsão alimentar, por exemplo, que tenham pressão e glicemia baixa ou déficit de músculos. Por isso, é fundamental realizar exames para entender a necessidade do organismo juntamente com um médico especializado”, alerta a Dra. Elaine.

A médica endocrinologista ressalta que a prática do jejum não pode ser adotada por crianças e adolescentes, elas precisam se alimentar com certa frequência para não terem alterações cognitivas. E, sem acompanhamento profissional, o paciente pode querer “compensar” o tempo que ficou em jejum e apostar em alimentos calóricos.

Outro ponto importante é que o longo período sem alimentação pode causar hipoglicemia, desmaios, tonturas, deficiência de nutrientes, alteração hormonal, perda de músculo e desidratação. “O melhor jejum intermitente é o fisiológico, que elimina o jantar da rotina. Ele está ligado diretamente à nossa genética ancestral. As pessoas, antigamente, comiam muito cedo, próximo ao pôr do sol, e iam dormir pouco tempo depois. Ou seja, com uma refeição entre 19h e 20h no máximo, o café da manhã no dia seguinte já seria após 11 a 12 horas de jejum. Mas, ainda assim, não é recomendado sem orientação médica, porque na janela em que o paciente se alimenta, ele precisa de dieta saudável, vitaminas e nutrientes essenciais para ter disposição, bem-estar e saúde”, explica a especialista.  

Em relação à busca do corpo perfeito e autoaceitação, a Dra. Elaine enfatiza que não se pode acreditar em tudo que promete resultados rápidos. “Quando falamos em emagrecimento, o tratamento vai muito além da diminuição do peso na balança. Consiste em adequar o percentual de gordura e massa magra, em hábitos saudáveis e estratégias que sejam sustentáveis a longo prazo, minimizando as chances de, rapidamente, os resultados irem por água abaixo”, finaliza a endocrinologista.

 

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Instagram @draelainedias.

Sobre a Dra. Elaine Dias JK

A Dra. Elaine é PhD em endocrinologia pela USP, também é membro ativo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, onde foi professora no curso de USG de Tireoide. Em sua clínica-boutique na Oscar Freire, atua com uma equipe de profissionais multidisciplinares em um espaço acolhedor e humanizado, com tecnologias de última geração. É uma das poucas no Brasil a realizar o exame de epigenética, que permite a personalização do tratamento com a orientação de dieta e atividade física ideal para cada paciente, apontando os melhores caminhos para resultados mais efetivos.

Fonte:  infato comunicação

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