Doença ocular afeta mais de 20 milhões de brasileiros e sem o tratamento adequado pode causar lesões na córnea
Julho Turquesa é o mês de conscientização do Olho Seco, doença ocular que tem os casos agravados no período do inverno em razão do clima mais frio, da baixa umidade do ar e do aumento da poluição. A Síndrome do Olho Seco é caracterizada pela lubrificação inadequada da superfície dos olhos, que ficam desprotegidos contra agentes externos como a poeira. Ocorre uma disfunção do filme lacrimal, líquido produzido pelas glândulas lacrimais, e a quantidade insuficiente de lágrima causa o ressecamento da superfície do olho.
Alguns dos sintomas são ardência, lacrimejamento, vermelhidão, secura, sensação de areia nos olhos, sensibilidade à luz e embaçamento visual. A síndrome do olho seco não tem cura e para prevenir ou amenizar o incômodo é importante ingerir bastante água, evitar ar-condicionado, utilizar umidificador quando o clima estiver seco, reduzir o tempo de telas e lembrar de colocar óculos de proteção em ambientes externos para proteger os olhos do sol, do vento e das impurezas do ar.
“Ao apresentar sinais de olho seco é fundamental consultar um especialista para que investigue a causa do problema e avalie a necessidade de receitar um lubrificante ocular, que pode ser um colírio, gel ou pomada”, recomenda a Dra. Myrna Serapião dos Santos, oftalmologista, especialista em doenças da superfície ocular e córnea e diretora técnica do H.Olhos Paulista, hospital de olhos da rede Vision One em São Paulo. A médica alerta para o risco de complicações ao tratar a condição por contra própria.
A Síndrome do Olho Seco pode ter relação com alterações hormonais, com o uso de alguns medicamentos, entre eles antiinflamatórios, antialérgicos e antidepressivos; com lesões oculares como conjuntivite e blefarite (inflamação da pálpebra); ou com doenças autoimunes. O tratamento é indicado após a identificação da causa do distúrbio, sendo que o paciente deverá manter o acompanhamento oftalmológico, pois a doença é considerada crônica e existe o risco de ocorrerem lesões na córnea.
“Nos casos mais graves, colírios anti-inflamatórios e imunomoduladores podem ser usados para diminuir a inflamação e estimular a produção de lágrima”, esclarece a Dra. Myrna Serapião dos Santos. De acordo com a oftalmologista, mais de 20 milhões de pessoas têm o diagnóstico de Síndrome do Olho Seco no Brasil, sendo essa uma das doenças oculares mais comuns. Tratar corretamente previne o sério comprometimento da visão e melhora a qualidade de vida do paciente”.
Créditos: Target SP