Campanha deste ano destaca a necessidade de um sistema de saúde amigável à amamentação, o respeito à autonomia da mulher e o apoio comunitário sólido

Na Semana Mundial do Aleitamento Materno, de 1.º a 7 de agosto, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, ressalta a importância da amamentação na primeira hora de vida, tanto para o bebê quanto para a mãe. Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28.º dia de vida. No caso das mães, o ato auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E ainda reduz a possibilidade de desenvolver doenças como diabetes, cânceres de mama e de ovário e, acompanhada de uma alimentação saudável, contribui na redução do peso adquirido durante a gravidez.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade, sem necessidade de água, chá ou qualquer outro alimento. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade. Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a forma de proteção mais econômica e eficaz contra a mortalidade infantil, protegendo as crianças de diarreias, infecções respiratórias e alergias, entre outras doenças. Além dos benefícios imunológicos, também oferece benefícios nutricionais, cognitivos e emocionais.

 

O pediatra neonatologista do Pequeno Príncipe Luiz Renato Valério salienta que a composição do leite materno é única, personalizada e atende às necessidades nutricionais da criança conforme sua idade. “Rico em proteínas, gorduras e vitaminas, o leite materno é nutricionalmente bom e sua capacidade de digestão é perfeita. E não devemos esquecer que a amamentação constrói e fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho. É um ato repleto de amor, que também auxilia no desenvolvimento da criança”, frisa.

 

Responsabilidade coletiva

Durante o puerpério (período que se inicia logo após o parto e dura cerca de seis a oito semanas, ao longo do qual o corpo da mulher passa por diversas mudanças para retornar ao estado anterior à gravidez), a mãe vivencia modificações físicas e psíquicas. Por isso, é essencial que as mulheres que amamentam tenham uma rede de apoio formada por familiares, amigos e sociedade.

 

O especialista do Pequeno Príncipe realça que, durante a amamentação, a mãe precisa manter o autocuidado para garantir uma vida saudável que supra suas próprias necessidades e a produção de leite em quantidade e qualidade adequada ao bebê.

 

A amamentação frequente faz com que a mãe produza mais leite. Mas, para estabelecer a prática e garantir sua continuidade, ter um ambiente acolhedor e compreensível é fundamental. O estímulo e o apoio prático do pai da criança, bem como da família e amigos, deixam a mãe mais segura.

 

Quando não é possível amamentar

Motivos emocionais, sociais e fisiológicos, como doenças que afetam a mãe ou o recém-nascido, preocupações e estresse, podem influenciar a amamentação. “A mãe, quando não consegue amamentar, mesmo após inúmeras tentativas, pode ter o sentimento de culpa e frustração. Diante disso, o apoio e a compreensão de familiares são ainda mais necessários”, explica Valério. Segundo o médico, nesses casos se deve buscar orientação pediátrica para introduzir uma fórmula indicada para o bebê.

 

Para a coordenadora do Serviço de Psicologia do Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski da Silva, é importante que a mulher que não pode ou não consegue amamentar receba o incentivo para que exerça a maternagem de outras formas, como pegar o bebê no colo, trocar afeto e carinho, conversar, cantar, narrar histórias e praticar os cuidados rotineiros.

 

Agosto Dourado

O Agosto Dourado é uma campanha de conscientização que enfatiza a importância do aleitamento materno para a saúde e o bem-estar dos bebês e das mães. Com o tema “Amamentação: apoie em todas as situações”, a Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2024 aborda a necessidade de um sistema de saúde amigável à amamentação, o respeito à autonomia da mulher e o apoio comunitário sólido, especialmente em tempos de emergências e crises. A iniciativa é da Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, sigla em inglês) – órgão consultivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

 

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de cem anos para crianças e adolescentes de todo o Brasil. É referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Com 369 leitos, incluídas as 76 UTIs, atende em 47 especialidades e áreas da pediatria, que contemplam diagnóstico e tratamento, com equipes multiprofissionais, e promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, realizou cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. E, pelo terceiro ano consecutivo, a instituição figura como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina, de acordo com um ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek.

 

Fonte: Hospital Pequeno Principe

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