Rubens Barrichello dá ao Brasil sua 100ª vitória na F1
O dia 23 de Agosto de 2009 poderia ser apenas mais um dia comum em um domingo de F1 para os torcedores, porém, não para nós torcedores brasileiros.
O Brasil desde seu 1° ponto na história da F1, naquele 22 de Janeiro de 1956, com Chico Landi, em Buenos Aires, terminando na 4ª posição, construiu uma linda e rica história na F1 com o passar dos anos.
Após décadas de vitórias, recordes e conquistas, eis que o Brasil atingiu em 2 de Novembro de 2008, com Felipe Massa, em Interlagos a sua vitória número 99 na F1.
A quem estaria destinada a honra, a glória de dar ao Brasil a 100ª vitória do país na categoria máxima do automobilismo mundial? O nome deste piloto é Rubens Gonçalves Barrichello, ou para nós torcedores, simplesmente, Rubinho Barrichello.
Rubens Barrichello é um dos pilotos com carreira mais longeva na história da F1, foram 323 corridas ao longo de sua carreira, que começou no dia 14 de Março de 1993, com apenas 20 anos ma equipe irlandesa Jordan, em Kyalami, África do Sul, e terminou dia 27 de Novembro de 2011, aos 39 anos ma equipe Williams, em Interlagos e que conquistou 11 vitórias, 68 pódios, 14 poles positions e 2 vices campeonatos mundiais.
Rubens Barrichello naquele GP da Europa, nas ruas de Valência, correndo pela estreante equipe Brawn GP, se juntava a Nelsinho Piquet como representante brasileiro no grid, uma vez que, Felipe Massa se recuperava do forte acidente sofrido no treino classificatório do GP da Hungria, em Hungaroring, no dia 25 de Julho, na entrada do 2° setor da pista.
Rubens largou bem e manteve a posição na prova, que era liderado pelas McLarens do inglês Lewis Hamilton e do finlandês Heikke Kovalainen, aproveitando-se de uma ótima parada de box, Rubens volta em 2° a frente de Kovaleinen e atrás de Hamilton. A parada agora era com o inglês atual campeão mundial da equipe inglesa, e Rubens vinha fazendo aquilo que aprendera com Schumacher nos anos de Ferrari, ou seja, acelerar tudo que podia na volta que antecedia a parada de boxes, e assim foi feito.
Hamilton é chamado para a 2ª parada, quando a McLaren comete um erro grosseiro, deixando os pneus dentro dos boxes, enquanto Hamilton aguardava em seu carro. Resumindo: Hamilton perde preciosíssimos segundos, enquanto Rubens recebe uma mensagem pelo rádio que dizia: C’mon, Rubes! 5 qualifying laps! Vamos Rubens, 5 voltas em ritmo de classificação! Até ali o mega experiente estrategista Ross Brawn, que esteve na Ferrari durante sua passagem pelo time italiano, já tinha feito sua estratégia para vencer a prova.
Rubens foi fazendo volta mais rápida atrás de volta mais rápida, enquanto Hamilton perdeu ainda mais tempo atrás da Williams de Nico Rosberg. Logo Hamilton se livrou do alemão, que viria a ser seu companheiro de equipe na Mercedes e ser campeão do mundo de 2016, dia 27 de Novembro em Abu Dhabi.
Hamilton assumiu a 2ª posição, mas aí já era tarde demais e mesmo tirando tempo volta a volta, Rubens Barrichello voltava a vencer na F1 quase 5 anos após sua última vitória na F1, que foi em 26 de Setembro de 2004, de Ferrari, na estreia do Circuito Internacional de Shangai, na China, largando da pole com 1:34:012.
Aquela não tinha sido apenas mais 1 vitória na F1, mas sim a vitória de número 100 do Brasil na F1, 100 vezes Brasil no alto do pódio e Rubens Barrichello ao vencer pela 10ª vez, igualava o número de vitórias na F1 de pilotos como James Hunt, Gehard Berger, Ronnie Peterson e Jody Schekter.
Após a bandeirada de chegada, ouvimos o tema da vitória com arranjos diferentes em homenagem a este dia histórico para Barrichello e o automobilismo brasileiro e ao chegar nos boxes Rubens Barrichello homenageou o amigo Felipe Massa com os dizeres em seu capacete ” Felipe, See you soon on the track”, que quer dizer “Felipe, te vejo em breve nas pistas”.
Ao vencer esta prova de maneira brilhante, Rubens mostrou que apesar de ser um piloto veterano e experiente, merecia e muito permamecer na F1, lembrando que ao término do GP Brasil de 2008, ele estava sem contrato e praticamente desempregado, mas quis o destino que Rubens Barrichello, o filho do Seu Rubão e da Dona Idely escrevesse este lindo capítulo na história do automobilismo brasileiro.
Estas 10 vitórias de Rubens se somavam a 1 vitória de José Carlos Pace, 11 de Felipe Massa, 14 de Emerson Fittipaldi, 23 de Nelson Piquet e 41 de Ayrton Senna.
Valeu Rubinho! Você estará para sempre na história e na memória do nosso esporte!!!
Ótima matéria meu amigo, parabéns..
Matéria pra lá de boa. Como sempre, muito bem escrita. Parabéns Marcelo Maranello.
Mandou super bem!!! Excelente matéria!
Matéria espetacular
Uauuu!!!
Muito bom o conteúdo.
Parabéns Maranello.
Sempre nos surpreendendo!
Foi um dia incrível e lembrar dele me dá um misto de emoções.
A alegria pois parecia que o destino iria sorrir para Barrichello trazendo um título ou quem sabe uma vitória em Interlagos, corrida que se aproximava.
Infelizmente não veio nem um e nem outro. Pra piorar nem vitória de qualquer outro piloto viemos a ter nos anos seguintes.
Parabéns pela matéria!!
Bah foi 2019?????
Jurava que tinha sido bem antes!
Mas o que tenho marcado desta época da Brawn GP foi a vitória do Rubens em Monza. Aquele domingo de 2009 marcou minha última corrida na então Copa Classic RS com o Ford Galaxie Landau Guascar #79.
Hoje a categoria virou “um vem que quer com qualquer protótipo travestido de carro antigo”. Não é mais Classic pois não segue regras básicas de categoria psta carros Classicos.
Bom, Rubens, assisti esta prova em Valência e com certeza tu tinha que ser o cara para esta Vitótia N°100.
Sugestão: Uda o 100 na Stock na próxima corrida!
DALHE PÁU!!