Nova Santa Rita foi palco da primeira vitória da Ipiranga Racing de Andreas Mattheis, em 2017, com Thiago Camilo, e do primeiro pódio de Cesar Ramos em solo gaúcho, em 2022

 No próximo fim de semana, a Stock Car volta ao Rio Grande do Sul, onde nasceu em 1979, em Tarumã, para disputar sua centésima corrida, primeira desde as enchentes que devastaram o estado entre o fim de abril e o início de maio. Além desta carga emocional que a oitava etapa da temporada 2024 da Stock Car carrega para todos, ela é toca particularmente a Ipiranga Racing: foi no traçado mais curto do calendário, com 2278 metros, que a equipe chefiada por Andreas Mattheis conquistou sua primeira vitória na principal categoria do automobilismo nacional, com Thiago Camilo largando da pole position, na corrida principal da 2ª etapa de 2017, no dia 23 de abril.

Em 2022, foi a vez de o gaúcho de Novo Hamburgo Cesar Ramos fazer história no Velopark, subindo pela primeira vez ao pódio em seu estado natal duas vezes no mesmo fim de semana: foi 3º na corrida principal da 5ª etapa da temporada, no sábado, 2 de julho, e 2º na corrida principal de domingo, na 6ª etapa.

“Subir no pódio em casa é diferente. Além de ter família e amigos por perto, a paixão da torcida gaúcha pelo automobilismo e pelos seus pilotos é sem igual no Brasil. E esse ano é uma etapa ainda mais especial, porque a gente não tinha certeza se nosso estado conseguiria receber corridas. Por tudo isso e porque gosto muito da pista e tenho um bom histórico, o objetivo nesse fim de semana é conquistar uma vitória”, diz Cesar Ramos.

Thiago Camilo, que vem de uma vitória na Sprint Race em Belo Horizonte, também tem expectativas altas para o Velopark. “Nosso carro está mais competitivo depois de uma primeira metade de temporada bem complicada, e sempre andamos bem aqui, então a expectativa é de subir novamente ao pódio”.

Sem dar a ‘receita mágica’, Andreas Mattheis fala sobre o Velopark

“É uma pista bem atípica, pois além de ser muito curta, com apenas 2278 metros, tem dois setores totalmente diferentes. De um lado é de média e alta velocidades, do outro de baixa velocidade. Esses dois setores são unidos por retas paralelas, mas retas curtinhas. Foi feita uma modificação na chincane, que era muito perigosa e agressiva, provocava muitas quebras nos carros. Pelas fotos que recebemos parece estar bem melhor, mas só vamos saber o quanto quando estivermos lá. O consumo de pneus costumava ser bem baixo, mas está aumentando com o desgaste natural da pista. O desafio é ser bem assertivo nos treinos para conseguir fazer um carro que performe bem nos dois trechos. Como a pista é muito curta, um décimo de segundo na classificação, por exemplo, pode significar seis, oito posições no grid”.

Fonte: Alexandre Kacelnik 

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