Profissionais de diversas áreas concluíram seminário de capacitação sobre escuta especializada de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência
Profissionais e técnicos que já atuam na rede de proteção à criança e adolescente em Diadema receberam na terça-feira (19) certificado de formação em curso sobre a escuta especializada das crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência e no estabelecimento de um fluxo preliminar de informações envolvendo os vários setores municipais para que esse atendimento aconteça em segurança.
A formação envolveu cerca de 270 pessoas entre conselheiros tutelares, representantes de organizações sociais e profissionais das secretarias de Assistência Social, Educação, Saúde, Defesa Cidadã, Esporte e Cultura. O evento aconteceu na manhã de terça-feira (19) no auditório do Teatro Clara Nunes e foi promovido pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
“A escuta especializada está baseada em legislação e estabelece condições para que a criança seja ouvida sem pressão e que ela possa relatar o que vem passando em condições de segurança plena”, disse a secretária de Assistência Social e Cidadania, Márcia Barral.
Diadema tem rede estruturada
Eder Furtado, da consultoria que ministrou o curso, destacou que Diadema, diferentemente da maioria das cidades do país, já tem estruturada uma rede de atendimento e proteção à criança e adolescente vítima de violência.
“É uma rede ampla e diversa formada por profissionais de diversas formações, vivências e tempos de atuação. São trabalhadores empenhados em atuar de acordo com os critérios técnicos e éticos, e com disposição de se aprimorarem e qualificarem sua atuação”, comentou. Para ele, outro ponto positivo na cidade é a boa relação entre a Prefeitura, o Judiciário e o Ministério Público.
Ele comentou que um dos desafios será a definição de fluxos internos de cada setor envolvido para que seja possível construir um fluxo de informações com a participação de todos os setores envolvidos.
Formação
Darlene Ferreira Gonçalves é coordenadora pedagógica na unidade Naval do Instituto Jêsue, uma instituição sem fins lucrativos, e adorou o curso. “Foi um avanço, principalmente para nós da Educação, pois estamos todos os dias com as crianças e agora estamos mais preparados para identificar algum comportamento estranho delas”, afirmou.
A enfermeira Juliana Baldan, que trabalha na UBS Paineiras, disse que a capacitação foi um aprendizado: “O curso contribuiu para nossa formação e conseguiu mostrar como podemos lidar melhor com a abordagem de crianças e adolescentes quando estiverem numa situação de violência”. Ela também comentou que o curso vai ajudar na identificação dos casos e na maneira de lidar com as crianças e adolescentes e seus familiares.
Já a professora Margarida Olívia Barbosa, diretora na EMEB Tom Jobim, disse que as informações do curso vão ajudá-la a tomar atitudes diante das situações mais difíceis. “Achei tudo muito importante e acredito que a rede de proteção das crianças e adolescentes de Diadema saiu fortalecida”, concluiu.