O último dia de ação na pista para encerrar a temporada de 2024 da Fórmula 1 ocorreu hoje em Abu Dhabi. O circuito de Yas Marina sediou o habitual teste de fim de temporada, que há vários anos ocorre após o último GP. Todas as dez equipes participaram, cada uma com dois carros, trabalhando em diferentes frentes. Um carro de cada equipe teve que ser pilotado por um “piloto novato”, definido pela FIA como alguém que não participou de mais do que dois GPs, enquanto os pilotos do outro carro estiveram livres de quaisquer restrições e, na verdade, alguns pilotos já estiveram trabalhando com suas novas equipes para o próximo ano.
Os pneus disponíveis para esses dois grupos também eram diferentes e, enquanto os novatos utilizaram os mesmos compostos de 2024 que estiveram disponíveis para o GP do último final de semana, nos outros carros, os pilotos puderam avaliar os compostos homologados que a Pirelli fornecerá na próxima temporada, depois de desenvolvê-los em conjunto com as equipes no último ano. O único ausente foi o pneu C1, pois ele não é adequado para esta pista.
Cada jovem piloto teve oito jogos de pneus disponíveis: dois C3, quatro C4 e dois C5. Os outros pilotos tinham dez jogos para utilizar: um C2, três C3 e C4, dois C5 e um C6, sendo este último o novo composto ultramacio, que é um acréscimo à gama de 2025, destinado ao uso em alguns circuitos de rua. Ao contrário do “teste em competição” realizado no fim de semana do GP da Cidade do México, a Pirelli não definiu um programa padrão para a utilização dos pneus 2025, deixando as equipes livres para utilizá-los como quisessem, a fim de coletar dados vitais para o desenvolvimento dos carros do próximo ano. Por fim, conforme decretado pela FIA, nenhum carro pôde levar qualquer componente que não tivesse sido utilizado durante um fim de semana de corrida.
Foram nove horas muito movimentadas de testes, com apenas uma pequena interrupção perto do final. Foi completado um total de 2.578 voltas, o equivalente a 13.614,418 quilômetros. Todos os compostos e tipos de pneus foram utilizados. Inclusive, algumas equipes até utilizaram pneus de chuva ou intermediários nas voltas de instalação e na realização de medições aerodinâmicas, que geralmente são feitas no início do dia.
O primeiro colocado na tabela de tempos gerais foi Charles Leclerc, que marcou 1min23s510 em sua Ferrari. Em segundo lugar ficou o novo contratado da Williams, Carlos Sainz (1min23s635), enquanto George Russell foi o terceiro pela Mercedes, com 1min23s789. Enquanto os agora ex-companheiros de Ferrari fizeram seus melhores tempos no C5, Russell fez o seu com o C6. Entre os novatos, o mais rápido foi o italiano Kimi Antonelli (Mercedes), com o tempo de 1min23s873. Os três pilotos que completaram o maior número de voltas foram Liam Lawson (Racing Bulls, 159), Carlos Sainz (Williams, 146) e Felipe Drugovich (Aston Martin, 146).
“Este foi um teste muito útil, pois foi possível ver em uso toda a nova gama de compostos que foram homologados para a próxima temporada, com exceção do C1”, comentou Mario Isola, Diretor de Motorsport da Pirelli. “As condições da pista eram muito boas, muito parecidas com as do último domingo, durante o GP final, e com temperaturas não muito diferentes. Coletamos muitos dados que agora serão analisados cuidadosamente por nossos engenheiros e os das equipes para continuarmos a nos preparar da melhor forma possível para a próxima temporada. A partir de uma primeira análise preliminar, podemos dizer que os novos compostos provaram oferecer maior resistência mecânica, o que, portanto, leva a uma redução no nível de abrasão na banda de rodagem. Com relação ao superaquecimento, sabíamos que seria difícil observar melhorias significativas, pois corremos quase totalmente em condições ensolaradas, ao contrário do que aconteceu no fim de semana da corrida. Outro tópico importante foi verificar o posicionamento dos compostos dentro da gama de 2025: pelo que vimos hoje, podemos dizer que a diferença de desempenho entre o C2, o C3, o C4 e o C5 está mais alinhada aos nossos objetivos, ou seja, ter uma diferença de cerca de meio segundo entre cada um deles. Quanto ao novíssimo C6, vimos nessa pista, com sua seção final muito exigente, especialmente em termos de tração, que a degradação, mesmo na primeira volta, é bastante acentuada. Agora faremos uma análise cuidadosa dos dados para identificar quais pistas serão mais adequadas para sua possível utilização em um fim de semana de corrida.”
Com isso, a temporada de 2024 chega ao fim, e a equipe de Fórmula 1 da Pirelli voltará à pista no final de janeiro em Magny Cours para a primeira sessão de testes do ano, trabalhando no desenvolvimento dos pneus de 2026.
Fonte: Néctar Comunicação Corporativa