A ferramenta é uma forma de fazer com os jovens entendam sobre finanças ao mesmo tempo em que completam missões escolares

Falar sobre finanças nem sempre é um assunto interessante, principalmente para os jovens, mas a Investeendo conseguiu transformar o tema em algo divertido, sem perder o caráter educativo. A startup de impacto social e educacional focada em educação financeira e empreendedora para jovens de periferias brasileiras, criou um sistema de gamificação escolar e, recentemente, lançou um aplicativo para criar uma microeconomia na sala de aula para que estudantes possam receber, investir e gerir moedas digitais.

Aprender sobre finanças pessoais desde cedo é uma maneira de, no futuro, não termos uma população tão endividada igual hoje. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 78% das famílias brasileiras estão individualizadas, o que representa mais de 76 milhões de devedores no país. Além disso, um a cada cinco estudantes conclui o Ensino Médio inadimplente.

O aplicativo ainda está em fase de testes, mas já se apresenta como um grande aliado de professores e equipe pedagógica na difícil tarefa de ensinar. “Sou um dos  professores que é apoiador do ensino de empreendedorismo e finanças para os alunos, pois para mim isso realmente pode mudar os rumos de suas vidas. Com a metodologia da Investeendo, fica mais palpável mostrar aos alunos essa importância. Realmente acredito que com as metodologias corretas e aplicadas de forma coerente, podemos mudar muitas vidas”, afirma Ricardo Eduardo Azanha, instrutor em um curso profissionalizante.

Mais do que um entusiasta da educação financeira para jovens, Ricardo já vivenciou uma mudança de vida que cita. “Com base nos meus alunos, muitos jovens não entendem que dinheiro é uma ferramenta e que você precisa saber usar e acabam se endividados muito cedo por falta de conhecimento mesmo. Infelizmente, não são todos, mas já vi alunos mudando sua forma de ver o dinheiro com apenas algumas sacadas. Recentemente, um foi pessoalmente me mostrar que havia comprado conscientemente a moto que ele me dizia, em sala, ser o seu sonho”.

Estudantes aprendem de forma intuitiva

Para ter benefícios e trocar por prêmios, as moedas são utilizadas no aplicativo e, para serem conquistadas, os alunos devem completar missões dadas pelos professores, fazer investimentos em renda fixa e variável e até receber transferências de outros colegas e dos professores. Lara Motta, de 9 anos, está utilizando o aplicativo e já possui até sugestões de novas trocas. “Eu gostei muito, principalmente da parte que usa as moedas para comprar coisas. Gostaria que na lojinha tivesse outras opções para comprar, como menos provas, mais tempo de recreio, sentar em dupla mais vezes, fazer trabalhos em grupos e ter mais aulas de educação física”, conta.

As missões são personalizáveis e podem ser configuradas pelos gestores escolares, como a entrega de uma atividade dentro de um determinado prazo ou a redução do lixo jogado no chão da sala de aula ao longo do mês. Desta forma, ao associar o recebimento de moeda como resultado de um trabalho realizado, os estudantes são ensinados a relação entre dinheiro e trabalho. “Eu achei o aplicativo bem interessante, pois ele ensina a manusear meu próprio dinheiro”, destaca Lorenzo Batista, de 12 anos e que utiliza o aplicativo.

“Quando pensamos em desenvolver uma versão digital da nossa solução, tínhamos em mente desde o início que não queríamos concorrer com o tempo que o professor tem em sala. Isso quer dizer que não era nossa intenção fazer com que os estudantes ficassem presos a um aplicativo a aula inteira. Foi então que decidimos criar um aplicativo gamificado que funciona em um totem fora da sala de aula, e que cria uma microeconomia simulada na escola inteira. Dessa forma, o jogo de verdade acontece na vida do aluno, e o aprendizado é ainda mais significativo.”, explica Sam Adam Hoffmann, CEO da Investeendo.

Na aba de “investimentos”, é possível multiplicar as suas moedas, por exemplo: ao investir 100 moedas em um LCI (modalidade de  investimento – Letra de Crédito Imobiliário), após alguns dias, é possível resgatar 110. Desta forma e de maneira prática, é fácil compreender sobre as diferentes modalidades de investimento, os efeitos dos juros e principalmente que “apostas” não são uma forma de investimento. Isso porque existe um simulador de apostas, a oncinha, onde sempre que o estudante aposta, ele perde as moedas colocadas.

Nas “transferências”, os jovens podem realizar negociações privadas com professores ou colegas, estimulando o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, especialmente as relacionadas à negociação, iniciativa e tomada de decisão. A lojinha é repleta de itens ou benefícios que são liberados pelos professores. Ela é uma funcionalidade que permite reconhecer o valor do dinheiro e, consequentemente, do trabalho envolvido em recebê-lo, bem como desenvolver competências de pensamento estratégico e o ato de poupar para comprar algo desejado.

Para aprender a administrar seus recursos, há também uma aba “inventário”, que permite o uso de itens dentro da validade, como o escudo protetor, que possibilita ao estudante refazer uma avaliação em que obteve uma nota baixa, ou a  dupla explosiva, que permite realizar em dupla uma atividade designada para ser individual. A duração dos itens também pode ser definida pelos professores e gestores.

Aplicativo pode ser baixado ou utilizado em totens

No momento, o app está disponível para as escolas e empresas que utilizam a metodologia da Investeendo. Eles também são instalados nas escolas e possuem diversos modelos, se adequando à realidade de cada local de estudo. Para acessar sua conta, cada aluno recebe um cartão físico com um QR Code único e exclusivo.

Para controlar a turma, as moedas e até as trocas e inventário dos alunos, os professores e gestores possuem uma plataforma própria que permite acesso em tempo real dos relatórios. Desta maneira, é possível criar estratégias personalizadas e assertivas de acordo com as necessidades dos alunos. Mais informações em www.investeendo.com

Sobre a Investeendo

A Investeendo é uma startup fundada por Sam Adam Hoffmann, Vanessa Cristiane Motta e Mariana Motta de Matos, que une educação financeira e gamificação para transformar a relação de jovens periféricos com o dinheiro. Surgida de um encontro inusitado entre um professor da rede pública do Paraná e duas bancárias, a iniciativa já impactou mais de 6 mil jovens em três estados brasileiros por meio de uma metodologia inclusiva baseada em jogos analógicos e aplicativos em totens digitais, implementada em mais de 40 instituições de ensino. Reconhecida por sua inovação, a Investeendo participou do programa Shark Tank Brasil, conquistando visibilidade nacional, e foi a grande vencedora do 12º Prêmio Legado de Empreendedorismo Social.

 

Fonte: DePropósito Comunicação

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