A permanência da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) em Fortaleza pode garantir investimentos de R$ 2 bilhões até 2031, gerando mais empregos, inovação e sustentabilidade para a cidade. No entanto, a refinaria corre o risco de ser retirada da capital cearense até 2027 devido ao Plano Diretor (Fortaleza 2040), que a classifica como indústria nociva ou perigosa. Especialistas defendem a revisão dessa classificação para que a Lubnor seja considerada uma indústria incômoda.
Inaugurada em 1966, a Lubnor é uma das líderes na produção de asfalto no Brasil, responsável por 12% da produção nacional. Além disso, é a única refinaria do país a fabricar lubrificantes naftênicos, produto essencial para setores estratégicos como borrachas, tintas, isolantes térmicos e componentes automotivos.
A refinaria desempenha um papel fundamental na economia do Ceará, sendo a maior contribuinte individual de ICMS do estado, arrecadando R$ 1,2 bilhão por ano, dos quais R$ 400 milhões são destinados diretamente a Fortaleza. Também é responsável pelo fornecimento de gás de cozinha (GLP) para todo o Ceará e gera 550 empregos diretos e cerca de 2.000 indiretos.
Com a revisão da legislação, a Lubnor poderá viabilizar projetos estratégicos, como:
Tornar-se a primeira refinaria Carbono Neutro do Brasil, zerando emissões e se tornando referência em sustentabilidade;
Dobrar a produção de lubrificantes naftênicos, fortalecendo a indústria nacional;
Produzir diesel automotivo com 10% de conteúdo renovável, reduzindo a dependência do Ceará pela importação de combustíveis;
Ampliar o uso de energia verde, incluindo biogás, biodiesel, energia eólica e solar.
Além de seu impacto econômico, a Lubnor investe milhões de reais anualmente em projetos sociais e no desenvolvimento da comunidade do entorno. A permanência da refinaria não é apenas uma questão industrial, mas uma decisão estratégica para garantir mais empregos, arrecadação e inovação para Fortaleza e para o Ceará.
Fonte: Sindipetro CEPI
